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Nostalgia postal
Copyright© 2011 by Otaviano Maciel de Alencar Filho
otaviano maciel de alencar filho



Antigamente chamavam-no de mensageiro. Hoje em dia, de carteiro. O tempo passou, mas a rotina é a mesma. Melhor dizendo: quase a mesma! Sim, porque em um mundo globalizado, como o que vivemos atualmente, que exige do trabalhador um melhor desempenho e maior atuação no ambiente do trabalho, naturalmente, o mesmo é impelido à realização de novas tarefas que não sejam somente ligadas àquelas que habitualmente exerce. Assim, todas as atividades profissionais tendem a agregarem em si, novos valores. Notório é que os mesmos ficarão sobrecarregados de serviços, caso não haja uma política de distribuição equitativa das atividades e/ou contratação de mão de obra para que a qualidade e a continuação dos serviços não sejam afetadas.
O antigo mensageiro, que habitualmente era incumbido de distribuir as cartas que eram endereçadas a destinatários de variados locais desse imenso país chamado Brasil, hoje já não executa somente esta tarefa. Além das atividades externas, tem ele a atribuição da separação das correspondências por respectivos logradouros e distritos, para tão somente após, sair para a “entrega”.
Com o crescente aumento da economia, devido à estabilidade econômica, as famílias passaram a ter um melhor poder aquisitivo e, desta forma, adquirir bens duráveis que antes só ficavam nos sonhos daqueles que os desejavam.
As cartas que, antes, eram manuscritas, cederam lugar a cartas datilografadas! Que digo eu!? Já estamos na era da informática e a antiga máquina de escrever já é objeto de museu. Então, retrato-me: As antigas cartinhas, escritas de punho, das quais muitas delas impregnadas com a emoção de quem as escreveram, disputam em uma luta sem igual, com correspondências impressas e digitalizadas: Jornais, panfletos, revistas; telegramas, faturas de cartões de crédito, contas de água, de energia elétrica, de telefone, boletos bancários, títulos para protesto, vales postais e tantos outros serviços que dia a dia passam a serem atribuições desse profissional.
Lá vai ele em sua jornada diária, atarefado, bolsa cheia. Faça chuva ou faça sol, o carteiro sai à rua, em sua nobre tarefa de levar as correspondências até o destinatário. Seja a pé, de bicicleta, ou de moto seu maior objetivo é a entrega dos objetos postais destinados a entrega.
- Correio,.. Correio,.. Correio!
Não pode demorar muito, o tempo é curto. Na bolsa existem centenas de correspondências para serem entregues. Os clientes aguardam ansiosamente por sua passagem na rua, e ao vê-lo:
- Tem carta para mim?
Ele responde:
- Hoje, não.
Insiste o interlocutor:
-Também, só traz conta.
E aquela senhora, de idade avançada, aduz:
- Aceita um cafezinho?
Responde enfático:
- Obrigado, deixe prá depois, estou atrasado!
Ante a resposta dada, a venerável anciã, um tanto desapontada, diz:
- Que saudades daquele tempo em que o carteiro tinha tempo para dar um bom dia! Uma boa tarde...!
E assim, segue em frente no afã da realização de sua tarefa.








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