Faltavam três dias para chegar o casamento de Agripino. Ele andava muito tenso, afinal, não estava acostumado com aquilo. Era um cara muito tímido! Não lhe saia da cabeça, o dia em que tivesse que entrar na igreja e encarar o padre e aquele povo todo.
Conversou com seu amigo Adegesto Pataca o quanto estaria ansioso e nervoso. Não via à hora daquilo tudo terminar.
Adegesto propôs saírem todas as noites, até o dia derradeiro. E tomarem umas e outras para Agripino relaxar. Deu a idéia também de chamarem os amigos mais chegados e fazerem aquela despedida de solteiro. Ele prontamente aceitou e disse:
- Claro! Eu tomo umas cervejinhas por aí e fico mais relaxado!
Agripino começou a beber todos os dias, afinal, ele iria se casar! E apesar da bebida relaxar, ele já estava comemorando por conta.
Quando chegou à véspera do casamento, Agripino já estava meio tonto de tanto beber, quando, Pataca bateu em sua porta lhe chamando pra sairem, alegando que aquele dia seria a sua despedida de solteiro. Prontamente Agripino se arrumou e saiu.
Pegaram outros amigos e saíram. Levaram Agripino para os lugares mais quentes da cidade.
- Onde vocês estão me levando? Eu não posso demorar, porque, amanhã tenho de fazer muitas coisas antes do casamento.
Foram para um restaurante, depois para a boate e por último foram parar em uma sauna. Quando todos já falavam em ir embora, Agripino mais que bêbado, “ele estava trêbado”, disse que iria ficar mais um pouco.
- Vamos embora Agripino! Amanhã você tem que acordar cedo. – dizia os amigos.
- Daqui a pouco eu vou. Você não está vendo que aquele “avião”?Está me dando mole! – disse ele muito doido.
Os amigos lhe falaram que naquele lugar, todas lhe dariam mole, desde que, ele tivesse com dinheiro. E partiram!
Agripino resolveu tomar uma atitude e investir naquele Boing!
- Do jeito que ele está amanhã não casa. – dizia Adegesto para os amigos.
No dia seguinte, na hora do casamento, todos o esperavam preocupados. Porque, ali acontecera o inesperado. Sua futura esposa que já havia chegado com uma hora de atraso, também, o esperava. Coisa que não é normal, não é? E o povo comentava:
- Será que ele não vem?
Adegesto Pataca comentava com os amigos:
- O cara bebeu muito, a propósito, não era pra gente ter deixado ele sozinho naquele lugar. Não é mesmo?
- Será que Agripino deu em cima daquela mulher? – perguntou o outro amigo.
- Não acredito, ele é muito tímido! – falou um deles.
Aí, Pataca disse:
- Pra mim, aquilo não era mulher, não! Vocês não notaram em seu gogó?
Quando todos menos o esperavam, chega o Agripino, andando devagar, meio que de pernas abertas. Encontra com os amigos e diz:
- Vocês me botaram na maior furada! Não me lembro de nada. Só sei que acordei na lixeira, sem nenhum dinheiro no bolso e com o c... doendo! Não posso nem sentar...
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