Como é bom sonhar. Os sonhos tornam a vida mais alegre e colorida. Depois de visualizar mentalmente o objetivo a ser alcançado, partimos para a execução do que almejamos. Entre sonhar e ver na prática a realidade do que pensamos, há um abismo descomunal. Somos grandes sonhadores, mas muitas vezes ficamos apenas conjecturando o que poderia acontecer. Na realidade, os sonhos sem um plano de ação não é nada, apenas uma vaga possibilidade de algo que talvez nunca se concretize. Talvez o maior responsável pelos seus fracassos, seja você mesmo.
Sei que essas palavras parecem ser muito duras, mas pense comigo. Quantos projetos surgiram na sua mente? Quantos foram levados adiante? Talvez o que esteja impedindo a sua vitória seja a falta de perseverança, ou seja, desistir antes que a vitória chegue.
No nosso caminho vão surgir inúmeras barreiras; isso é uma realidade. Seria muito bom se pudéssemos passar sobre elas como um atleta, para ele parece muito fácil transpor os obstáculos do percurso. Nós percebemos apenas o seu sucesso- suas medalhas, mas não conseguimos visualizar as suas incontáveis derrotas, é meses de treinamento intensivo, alimentação rigorosamente controlada. Todas essas coisas não garantem a vitória. Às vezes ele perde por uma fração de segundos. Mesmo com a possibilidade de derrota, o atleta não desisti, pois o seu objetivo é sempre chegar em primeiro lugar. Todos os esforços são feitos para que o seu alvo seja alcançado. A vitória só chegará se estivermos dispostos a acreditar nas nossas capacidades e colocarmos todo o empenho naquilo que fazemos. Nem sempre chegaremos ao primeiro lugar. O que de fato importa é o grau de dedicação e perseverança, essas são as atitudes de um verdadeiro vencedor. Para ser um grande vencedor não é preciso ser sempre o número um em tudo, basta que a pessoa tenha o espírito de um vencedor- nunca desistir até alcançar os seus objetivos.
O atleta Vanderlei Cordeiro de Lima revelou claramente diante de todo o mundo o verdadeiro espírito de um vencedor, mesmo diante da derrota. Vanderlei é ex-bóia-fria, fundista, medalhista olímpico e herói. Nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, corria em direção a uma inédita medalha de ouro na maratona. No 36º quilômetro, um maluco invadiu a prova e agarrou Vanderlei. O sujeitinho era um padre irlandês e, na cabeça torta dele, estava fazendo um protesto religioso, cuja consequência foi à perda do ouro de Vanderlei.
Foi por sorte que o atleta não se contundiu. Ele se assustou, perdeu o ritmo e a vantagem, mas conquistou a medalha de bronze – o melhor resultado da história do Brasil na prova. Mesmo sendo coroado com a medalha de bronze, Vanderlei a carregou com orgulho e satisfação. Era evidente a sua alegria ao exibir a sua medalha. Poderia ter ganhado a medalha de ouro, mas o mundo perderia muito ao não conhecer de fato quem ele era, ou seja, um grande vitorioso.
Outro exemplo de dedicação e perseverança aconteceu nos Jogos Olímpicos de 1984. A cena mais marcante daquela Olimpíada aconteceu quando a suíça Gabriele Andersen Scheiss chegou cambaleando para completar a maratona feminina. O estádio acompanhou a cena dramática da atleta que estava contundida e exausta e nem mesmo assim desistiu da prova. Gabriele foi ovacionada após fazer os últimos 100 metros em 5min44s, terminando na 37ª colocação. Apesar de ter terminado a prova muito longe das primeiras colocações, Gabriele é mais lembrada do que o medalhista de ouro. Uma mulher absolutamente vencedora.
É preciso acreditar sempre, mesmo que ninguém mais acredite. Supere os seus medos, tenha a coragem de ousar.
Termino com uma frase poderosa: Se você tentar haverá uma chance. Se houver perseverança a chance será aumentada. Se desistir, já não há chance alguma. Que os seus sonhos sejam uma doce realidade.
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