O marca-passo do meu coração
Estive prestando a atenção
Era o som da máquina
Que todo o dia maquina
O meu saboroso café.
É, um som que parece
Subir pelo meu pé
Vindo à minha noção.
Café sobe a pressão.
O meu caso é umidade,
Uma idade avançada.
Mas Deus por caridade
Dá-me uma boa impressão.
Onze por sete ela sempre é.
Então vamos tomar mais café.
Fique com Deus meu irmão,
Mas não descuide do seu coração.
Essa é boa, forasteiro
Se você for marinheiro,
Cosmopolita você é.
Napolitano ou paulista
Está incluso na lista.
Jamais é estrangeiro
É morador da Terra
Apesar de tanta guerra.
Assunto que não dá fé,
Porém, dá pano pra manga
E manga só dá no pé.
Manga não dá em colete
Mas pode fazer clarão
Quando, manga de lampião.
Porém, quem magava de lampeão,
Morria, sovado de pesado porrete.
Mas você continua universal cidadão.
O feijão cria de tudo.
João subiu num pé de feijão
Como a qualquer cidadão,
Fora atrás da tal felicidade
Lá nas alturas e sem tontura.
Muitos se esborracham no chão
Tal a sua grande e ignóbil usura...
E isso acontece em qualquer idade.
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