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A vida é uma verdadeira poesia
Ser humano marcado
jbcampos

Resumo:
Com profunda estupidez de mágoa que em si deságua. Mata, rouba, comete pequena e grande insensatez, das quais deveríamos ser resguardados. Sem qualidades, o seu pecado é inerente a sua ignorância. Quanto orgulho e mesquinhez carrega em sua tez.

A vida é uma verdadeira poesia

A vida é uma verdadeira poesia, ou um poema, que não ousamos traduzir, aliás, essas coisas são realmente inenarráveis, sem traduções, são inefáveis. Aparecemos na vida querida, apegamo-nos a ela, sendo rica ou singela, aos nossos pertences familiares, nossos queridos lares. Pois, cegam-nos, fazendo-nos afogados em copos transbordantes de água, ou pior, melaço de mágoas, ou fertilizada com fel, tal a sua acridez. Ser humano de tamanha pequenez, porém, de tamanha acidez. Que com profunda estupidez de mágoa que em si deságua. Mata, rouba, comete pequena e grande insensatez, das quais deveríamos ser resguardados. Sem qualidades, o seu pecado é inerente a sua ignorância. Quanto orgulho e mesquinhez carrega em sua tez.
Ser humano marcado.
- Afinal, quem somos?
Não sabemos nem quem fomos.
E por que tanta ignorância epitelial, ou melhor, analfabetismo consciencial que trazemos na própria pele. Nascemos com tez perfeita, até tornarmo-nos casca-grossa,
que até a mosca repele, e, ela gosta do cheiro de fossa, embora estejamos na fossa continuamos nos maus tratos aos nossos irmãos.
Damos tanto valor à matéria densa carregada de vermes, que a nós nos concerne, a devida recompensa. Então já engrossou a nossa epiderme, isto, somente porque estamos bastante saudáveis.
Quando vamos ao médico, que às vezes são gordos e afáveis, a nós nos receitam barbitúricos e outros tais para inibir os nossos mórbidos desejos de comer mais.
Não há novidade a qual nos revele, pois, eles comem muito mais...
Verdades poéticas, sonhos empíricos do cotidiano, mundo pequeno, onde perdemo-nos em devaneios de poemas oníricos no parnaso desta vida, insanos.
Nas grandes batalhas, fornalhas ardentes, mesmo porque, tal como a vida cadente.
Somente conhecemos fornalha de fogo ardente, que contundentemente não passa de uma frase pleonástica, e que o livro eclesiástico ousa redundantemente pronunciar.
Vidas de sonhos profundos continuaram a sonhar, pois, "sonhar é viver" e queremos sonhar.
Sobreviver, é meio complicado, os homens modernos, bem como os arcaicos, os mansos e os estóicos, primam sempre pelo bem da matéria, nada muda em seus cérebros, não pensam em coisas sérias. Mas, nos estertores da vida, ou da morte-matéria, com um pouco de sorte podemos voar. Certo ou erroneamente, deu pra se comunicar, como falávamos: nos momentos de deixar-se o corpo de aprendizados,
o aluno ainda não aprendeu que está se despedindo e, amargurado, cuidando, ou pensando cuidar, emite grunhidos onomatopaicos no afã de preservar a sua pseudo-riqueza. Seus bens são mosaicos. Já se deu pra notar. Porém, pra ele, são belezas a se preservar.
Que riqueza é essa?
Gemidos, gemidos, maldades e maldades. O homem se apressa. Ignorância transcendental. Nem sabe se é poema, poesia, ou lamento - um grande dilema.
Os jovens e velhos sonham iguais. São todos perfeitos, bonitos, corretos, afora o pesadelo que lhes veio para lhes pesar.
E, a paixão então? É muito engraçado, o velho apaixonado, arrastando seu rabo, puxando o cordão enroscado em seu pé, crendo, com muita fé. Rídiculo escaravelho. Seguindo desajeitado, e muito engraçado. Vira-bosta ele é. Algo sem igual. Cego, nada enxergando, a donzela o cortejando, que cacofonia passional. Deixe de ser feio, assuma-se velho e pare de sonhar.
O bom-senso se perde nas asas do tempo, e ele continua a sonhar.
A maldade convive dentro do templo, quiçá, ao relento com o amor ao próximo. É a grande hipocrisia a solapar a mente tisnada, que a nós não nos diz nada.
Pois, Jesus já dizia: O templo de Deus, se não for de ateu, é o seu coração!
A ignorância é a obra da ânsia, meu caro irmão. Cego oprimido pelo desejo malfadado de maltratar o coitado. Talvez com a idade, se ponha de joelhos.
E, no bom Deus coloque o sentido. Firmando-se nos seus artelhos esquálido de barbatana, tal fragilidade insana falta-lhe espelho para si se doar. Cego, dirigente de cego, atravessando avenida congestionada, qual parece não lhe dizer nada, ou, enlouquecida de velocidade. Contínua veleidade. Da grande cidade, transeunte a matar. Não se mede esforço esmagador à máquina compactadora de asfalto. Tripudiadora de humanos vai além do assalto. Absurdo e ardiloso plano, que aqui se maquina
Em qualquer esquina. Poucos desses ignaros possuem a gana, porém a esmagadora maioria é esmagada. A grandiosa maioria álgida fenece esquecida, em berço esplêndido. À hino patriótico, à nação maltratada, e dissimulada no seu diadema.
Adjetiva-realeza ao seu embromado emblema, “Hino Nacional”. Grandiosa pela própria natureza, enquanto, a vergonhosa miséria humana é alimentada de detritos e dejetos. Seres ou objetos de sacripantas aproveitadores. Em breve lhes virão suas dores. Pátria amada, quanta beleza nesse pequeno espaço de vida, nesses alguns segundos nos quais praticam uma eternidade de desumana maldade.

“A esperança é a última que morre”...


Biografia:
Aposentado
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