Fui numa tarde sombreada testar o tempo.
Visionário e louco, me vesti de rara esperança e parti para as entranhas do tempo.
Ele até que jorrava sol nas montanhas e partia-se em dois, rebatido por nuvens indiscretas.
Aportei na primeira pedra.
Foi ai que além do tempo fui conhecer o precipício: era longo, de asas escuras, bordado de musgos e profundo.
Tão fundo que, ao mergulhar, me tornei dono de meu tempo,senhor do meu vizinho,aragem de minha terra, floripas de meu campo !
Azéus! - é de minha morte ! Trombos! Passei a ser dono do tempo e de meu funeral!
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