Paredes descascadas.
Janelas Quebradas,
Mato alto sem cortar.
Tijolos aparecendo sem disfarçar...
Na fachada, cor verde de esgoto
ou de preto morto.
Dá até para ver o encanamento
entre as janelas praticamente inteiro.
A vizinhança se incomoda.
Aparecem em suas casas cobras,
escorpiões e aranhas como moda
pelo dono descuidar das sobras.
Sobras de um hotel que um dia
foi tão famoso e bem sucedido
que agora ninguém acredita
que é de alguém um esconderijo.
Ninguém sabe quem
nem muito menos o motivo de alguém
ficar num hotel tão descuidado
como um refúgio isolado.
Eu e meus amigos
pensamos em entrar de mansinho
e perguntar o que acontece
que o hotel abandonado tanto se esquece.
Mal chegamos
E olhamos
na janela alguém reclamar
dizendo que não quer ver ninguém o amolar...
Nós saímos
antes que a polícia seja chamada.
Nós saímos
para a minha casa.
Quando todos estavam sentados na mesa,
Pensamos tomando cerveja
como podemos resolver a situação
já que assim, não dá para ficar mais não...
Cada um deu uma sugestão.
Então, chegamos a uma conclusão.
Retornamos para o hotel juntos
e mais preparados com escudos.
Escudos como materiais de limpeza
e algumas importantes ferramentas.
Assim que o dono na janela olhou,
antes de reclamar, surpreso perguntou:
- O que fazem aqui com tanta coisa assim?
Dissemos que a comunidade da rua gostaria de ajudá-lo simples assim,
Se ele quiser, a arrumar o edifício
porque todos juntos seria mais rápido de fazer o serviço.
Ele disse que não consegue em ninguém mais confiar
depois de tantos calotes que chegou a passar
e que acabaram falindo o hotel
e fazendo sua esperança ir embora pelo céu.
Nós dissemos que ele não deve se prender ao passado
já que as pessoas reagem diferente aos seus obstáculos.
Não precisa condenar o hotel a um triste fim
por conta da ação de ignorantes, mas aprendizes num tempo distante assim.
O dono enfurecido a janela fechou
Porque como o hotel ele se abandonou e se isolou
pela desconfiança das pessoas em sua vida
e por tanto sem convites serem intrometidas.
Nós estávamos oferecendo ajuda.
Mas ele simplesmente não escuta.
Continuamos com o desejo de ajudar.
Então, decidimos novamente na mesa da minha casa nos encontrar...
Tentaríamos mais uma vez e seria a última
já que ele tem liberdade de recusar a ajuda...
Talvez ele queira ajuda, mas esteja com medo
de tantas vezes terem brincado com seus sentimentos.
Nós fizemos uma carta
por todos assinada
em que estava escrito
em letra garrafada:
PREZADO SENHOR,
COM RESPEITO, AMIZADE E AMOR,
DEIXAMOS REGISTRADA A NOSSA INTENÇÃO REAL
DE AJUDá-LO , CASO MUDE SUA IDEIA TRADICIONAL.
O senhor ficou comovido
com o gesto gentil e bonito
E então, aceitou o convite já que se sentiu acolhido
pelas pessoas ao redor dele mostrado que ele não está sozinho...
Depois de tantas tentativas de ajudá-lo,
conseguimos de fato
analisando, discutindo e pensando juntos
com respeito as diferentes opiniões que fazem diferença no conjunto...
Nós nos despedimos
e convidei os meninos
a viajarem na praia comigo
e enfrentarmos mais uma aventura unidos...
A maioria aceitou.
A noite chegou.
Fomos todos dormir ansiosos para a viagem
porque queremos novos desafios para enfrentar com coragem.
|