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Um taxista pegou uma loura toda camuflada. A mulher estava de óculos escuros, chapéu, um capote que mais parecia aquele do Dunga, "ex. Técnico da seleção", umas botas que iam até o joelho, toda estranha. Mas era muito bonita!
Ela falou seu destino, e desandou a chorar! Ele, sem saber o que fazer, e ao mesmo tempo um “pouco curioso”, não sabia se andava ou perguntava o motivo do chororô, então, decidiu perguntar se ela estava passando mal. Ela, disse que não, e que chorava era por outro motivo.
Aí, ele entrou numa de dizer, que assim como, dizia Roberto Carlos, numa música que gravou, que taxista é um “analista urbano”, e que ela podia desabafar. Levou um fora, não colou.
Chegando ao local destinado por ela, pediu que o esperasse, alegando um encontro com um amigo. Nessa altura do campeonato ela já havia parado de chorar e parecia estar muito tensa.
Passou meia hora, e nada de o cara aparecer. Ele perguntou se o cara vinha mesmo, ela disse que sim.
Passou uma hora e ela fingia falar com o homem ao telefone, e dizia que ele já estava chegando.
Passaram-se duas horas. O Taxista falou que não podia ficar ali o tempo todo e tinha um compromisso. Foi quando, ela puxou uma notinha de cem reais e botou na mão dele.
Ele falou que o compromisso não era muito importante, e que poderia esperar o tempo que fosse preciso, e que estava ali pra ajudar e blá, bla, blá.
De repente, saiu de um prédio um carro com os vidros escuros. Quando a mulher viu, mandou, que ele o seguisse.
Foi quando ele perguntou se era o amigo esperado. Ela estava muito nervosa, mas acabou dizendo a verdade que ele já imaginava, era o marido dela, claro! O caboclo estava com outra mulher, assim dizia ela.
Ele arrancou com o carro, mas o cara corria que nem um desesperado e estava dificil alcançá-lo; teve uma hora que um carro entrou na sua frente, o atrapalhou, e o sinal (semáforo) fechou. A doida começou a gritar falando que ele era um murrinha, um roda presa, uma tartaruga etc, etc, etc...
Ele ficou muito revoltado, e já estava ficando nervoso, quando, falou pra ela que não ia mais seguir aquele carro, ela puxou aquela notinha conhecida e botou no bolso dele. Foi quando ele disse cinicamente:
- Esse carro entrou na minha frente e eu não vou mais segui-lo, pode deixar que irei alcançar o carro do seu marido.
Saiu cantando pneu. Depois de quase atropelar uma velha, raspar a roda no meio fio e fechar outro carro, ele alcançou o marido dela, e colou na traseira dele.
E ela metia a cabeça, ao lado de fora e gritava para o outro parar.
Emparelharam com ele, e com seus gritos histéricos, ela mandou que o taxista o fechasse.
Ele disse a ela que não ia fazer aquilo porque era muito perigoso. Ela abriu a bolsa e pegou duzentos reais. Ele não pensou duas vezes, meteu o carro na frente do outro, chegando a jogá-lo em cima da calçada.
De repente saiu do carro do marido, um negão forte pra cacete, parecia o Minotauro , "lutador de vale tudo", com um porrete na mão. Espera ai! Do carro do Marido? Com um porrete na mão...
Sentiu que a mulher gelou, ficou pálida, branca que nem uma vela e falou baixinho:
- Aquele, não é meu Marido. - quando voltou a berrar.
- Sai fora daqui, “pelamordedeus”!
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