Não posso te contar o arcano deste pranto,
E muito menos o porquê desta emoção!
Mas não me importo de contar que ela é um canto
Que canta as liras do cantar da solidão!
Estranho amor que renascido por encanto,
Desabrochou quando peguei na tua mão!
E o luar, bordando em prata o etéreo manto,
Foi testemunha desta doce sensação!
Porém, é preciso que eu guarde este segredo;
Que ele não passe tão somente dum enredo,
Reencenado nesta vida de ilusão!
Não pense jamais que é desprezo ou desapreço...
Se não te conto este mistério eu pago o preço
Neste soneto que me amarga o coração!
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