Évora morta curvada à solidão
Ruas tristes, tristes ermos, calçadas e janelas
Que na dolência, ao passar, ansiando por perdão
Gemem pelas horas a desgraça das vielas ...
Évora Morta deleitada à solidão
Terra seca de melancolia
Que o tempo leva pela mão
Na brancura, dia a dia ...
Évora Morta num silêncio que vigia
Num espasmo de quimera
Numa noite que inicia ... E quase desespera!
Mas quando manhã alta o Sol desponta
Évora desperta, Évora amanhece
Para logo anoitecer, e voltar a ser, Évora Morta!
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