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O Médico e o Monstro
Rafael da Silva Claro


Pronto, a Rússia, em tempo recorde e como num truque de festinha infantil, tirou uma vacina da cartola. No anseio de vencer a corrida internacional da vacina do coronavírus, Putin correu com a solução descoberta rapidamente.

Ratinho Junior, governador do Paraná, talvez por ter nome de cobaia, se apresentou como parceiro dos russos. Os prognósticos mundiais mais auspiciosos previam a imunização para 2021. Dias antes, Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (sempre ela), em pronunciamento, arriscou dizer que talvez nunca haja uma vacina para a COVID-19. No melhor estilo 1 gota 50 mil cavalos, Vladimir Putin (o eterno vilão) apareceu, célere, com a salvação.

Remetendo à velha corrida espacial, a Rússia chamou (apelidou) a vacina de Sputnik V. Esse medicamento, com nome de filme B de ficção científica, foi lançado à frente, na “corrida da vacina”, por uma catapulta ideológica. A pressa é mais para adquirir protagonismo na geopolítica do que um ímpeto humanitário, do tipo “salvar vidas”.

União Soviética (URSS) e Estados Unidos (EUA) disputaram a chamada corrida espacial durante a Guerra Fria. O primeiro satélite artificial a orbitar a Terra (Sputnik) foi lançado em 1957. A corrida culminou com o pouso da Apollo 11 na Lua, em 1969. Apolo, da Mitologia greco-romana, deus da juventude e da luz, poderia ser nome de vacina. A diferença é que a disputa envolve mais participantes (China, Inglaterra etc), bem como seus parceiros, e uma torcida fanática.

Para convencer aqueles que acham que a ideia de que há a “gincana da vacina”, ou corrida, é seu nome verdadeiro: Gam-COVID-Vac Lyo. Pois é, o nome Sputnik é só uma maneira de os Russos dizerem, sacaneando, nós chegamos, novamente, antes.

Até agora, o desenvolvimento do fármaco é obscuro. Além de o país ser suspeito de espionagem, a falta de transparência na divulgação de estudos clínicos e testes gerou críticas da comunidade científica.

Dando um roteiro (dramático) de cinema, ou de livro, como um Dr. Jekyll, há suspeitas de que, apressados pelo ensandecido presidente Putin, cientistas russos aplicaram em si a vacina em testes. Isso só não pode terminar como o Médico e o Monstro.


Biografia:
Ensino secundário completo. Trabalhei em várias empresas, fora da literatura. Tenho um blog, onde publico meus textos: “Gazeta Explosiva” Blogger
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