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Conjuração Lunar - Parte 2
Caliel Alves dos Santos

Resumo:
Os mistérios que envolvem Luna seguem em uma espiral de suspense.

— Até pouco tempo atrás esta droga aqui era só pros grã-fino sacou tio? — perguntou o motorista com um leve sotaque latino. — Mas depois da descoberta daquele troço lá, o lunar...
    — Lunádio — respondeu o passageiro secamente sem desviar o rosto da janela.
    — Sim, o lunádio — o motorista olhou desconfiado para o homenzarrão atrás dele. — está aqui a passeio ou a negócios tio? — indagou o motorista movendo a língua de um lado pro outro.
    — Não consigo separar um do outro — disse o homem esboçando um sorriso.
    O veículo aerotrafegável, mais conhecidos como VAT, aterrissou na frente do Hotel Supernova, um dos hotéis mais requintados do centro de Luna. O motorista acionou a tela de toque do painel do veículo e a porta traseira se abriu. Com um smartphone ultraslim, o forasteiro digitou na tela e o dinheiro foi transferido pra conta do motorista. Com uma pequena maleta à mão, vestido num terno azul escuro, o homem saltou.
    — Espero que se divirta muito tio — disse o motorista ironicamente, o outro apenas respondeu com um pequeno aceno.
    Enquanto o homem se dirigia para o saguão do hotel, o motorista alçou o VAT e ligou a câmera de ré, depois com outro toque no painel, a imagem modificou seu filtro para raio-x, entretanto ao fazer isso, a tela ficou borrada. Olhando pelo retrovisor, o motorista ainda pôde ver os últimos passos do estranho. Rapidamente ele tocou o seu ponto na orelha e consultou relógio, era exatamente 18:00 horas.
    — Pediu pra entrar em contato se visse algo estranho, bem, acho que vi algo do tipo...
    — Sem piadinhas, diga logo! — resmungou a voz do outro lado.
    — Acalme-se tio, nervoso faz mal à saúde — novos resmungos foram ouvidos. — Homem, porte militar, pele negra, entre 30 a 35 anos, vestindo terno azul-escuro, pouca bagagem, hospedado no Hotel Supernova.
    Não houve resposta, haviam desligado a conexão no outro lado. O motorista acelerou o VAT e amaldiçoou o seu interlocutor.


Biografia:
Caliel Alves nasceu em Araçás/BA. Desde jovem se aventurou no mundo dos quadrinhos e mangás. Adora animes e coleciona quadrinhos nacionais de autores independentes. Começou escrevendo poemas e crônicas no Ensino Médio. Já escreveu contos, noveletas, resenhas e artigos publicados em plataformas na internet e em algumas revistas literárias. Desde 2019 vem participando de várias antologias como Leyendas mexicanas (Dark Books) e Insólito (Cavalo Café). Publicou o livro de poemas Poesias crocantes em e-book na Amazon.
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