A história não é minha, ouvi de uma pessoa que a ouviu de outra. É o seguinte... Um cidadão vai até um shopping e fica por vinte e cinco minutos procurando uma vaga para estacionar o carro.
Até aí tudo bem, quantas vezes não fizemos isso? Mas o cidadão em questão ficou nervoso e resolveu ir embora, mas ao tentar sair é bloqueado pela cancela e aquela voz eletrônica lhe pede que pague o bilhete, ele se recusa, claro!
Aparecem alguns funcionários do estacionamento/Shopping, - nem sempre o estacionamento é do shopping e o shopping é do estacionamento -, ele explica a situação, mas é inútil a missão, porque os funcionários não são eletrônicos, porém agem como se fossem: “Ordem é ordem, senhor! Está aqui acima de vinte minutos estacionado tem que pagar”. Ele, nervoso, retruca: “Acontece, meu filho, que não estacionei, não porque não quis, porque não pude e se tivesse conseguido estacionar não resolveria sair vinte e cinco minutos depois".
Imaginem pagar por um serviço que em vinte e cinco minutos você ficou tentando usufruir e não conseguiu! Ele decide que ... se tinha que pagar, então usaria o serviço. Entra no carro e o estaciona bem na frente, assim de atravessado, da cancela e sai para suas compras. Nisso chegam mais funcionários, um gerente que não sei se do estacionamento ou do shopping e a gente curiosa.
Lógico que a situação foi resolvida de maneira atraente para ambos, - menos para aquela gente que assistia a cena sem assistir ninguém, - mas para nós, fica a reflexão: Já que o estacionamento é cobrado, não se pode colocar na entrada um aviso de quantidade de vagas disponíveis? Garanto que isso já desestimularia motoristas sem paciência ou com pressa, como quase sempre é o meu caso.
|
Biografia: Fabiano Fernandes Garcez nasceu em 3 de abril de 1976, na cidade de São Paulo (SP). Formou-se em Letras, é professor de língua portuguesa, literatura e redação, participou das antologias: São Paulo Quatrocentona e Poemas que latem ao coração, é autor dos livros: Poesia se é que há e Diálogos que ainda restam. |