Não faço mais força
para provar a ninguém que sou ótima,
não quero impor nunca mais
minha amizade a ninguém.
Vou respeitar
a antipatia dos outros,
a preferência,
a rejeição.
Vou, como sempre,
amar tudo o que sei,
compartilhar o amor
ajuizado, sensato, maduro,
exercitando o perdão.
De hoje em diante,
assumo a solidão
dos que não sabem mentir.
Aos voluntários
que se dispõem a me aceitar
como sou:
sem retoque,
sem representação,
confirmo
o que sempre fui:
honesta, digna, sincera.
Não quero ser vista
como estrela
do bem ou do mal.
Sem qualquer disfarce,
devo sempre me colocar
como mulher real.
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