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Lira vai à Central do Brasil
Donária Salomon

D. Alaíde, uma senhora forte, saudável, de pele viçosa, corpo rechonchudo, guardava nos seus trajes simples e de estampados serenos o luto da sua viuvez. Mãe de sete filhos, sendo cinco rapazes, dois desses, adolescentes e duas moças com idade para casar.
O marido dela trabalhou numa repartição pública e deixou-lhe uma pensão e quando chegava o dia do pagamento, convidava sua vizinha Lira para lhe fazer companhia na viagem até a Central do Brasil. A menina sentia-se lisonjeada com o convite, mesmo sabendo que naquele dia não poderia ir à escola porque a viagem consumia praticamente todo dia. Na véspera do passeio Lira passava a ferro de carvão seu melhor vestido, limpava os sapatos, colocava as meias e a fita do cabelo juntas para no dia seguinte não se atrasar. Quando entrava na bacia sua mãe a advertia: “Olha lá! Lava bem as orelhas e os cabelos. Você vai à cidade com a esposa de um funcionário público!”, pessoa muito importante aos olhos de sua mãe devido à sua pouca instrução que vivia humildemente num pequeno sítio, criando aves, porcos e plantando bananas, cana de açúcar e laranjas de onde, com imensa labuta tirava o sustento da família. Por isso dava tão grande importância à condição profissional do falecido e enchia a boca quando dizia: “Essa sim é quem está bem, viúva de funcionário e ainda por cima também possuí um sítio”.
   Na manhã seguinte Lira acordou mais cedo que de costume, nem bem o galo cantou imponente, batendo as asas no poleiro, Lira espreguiçou-se ainda na cama recusando-se a retirar de sobre si as cobertas.
   Logo um reboliço se fez por toda a casa e quintal. Os irmãos de Lira levantaram-se apressados, um foi buscar o pão e o outro se arrumava para ir ao quartel. Caminhões barulhentos, sacudindo nos buracos deixavam seus rastros de poeira na estrada, os trotes dos cavalos e os ruídos das charretes agitavam os porcos no chiqueiro do quintal que não paravam de chacoalhar o cocho. A passarada ensaiava os primeiros cantos na frondosa mangueira. Lira pensou: “Todos os dias as coisas se repetem, de novo o Sol vai iluminar o dia e a lua à noite, a chuva molha a terra e o vento balança as folhas das árvores.” Lira, levanta! Você vai se atrasar!”, advertia sua mãe. No mesmo instante Lira levantou-se, abriu a janela, ergueu os olhos para o céu para despedir-se da estrela D’alva que se recolhia com os primeiros raios de sol. Vestiu seu vestido cor de abóbora com gola canoa e manga japonesa, presente de sua madrinha. Colocou cinto entretelado com fivela encapados com o mesmo tecido do vestido, calçou meias brancas e sapatos pretos abotoados na altura dos tornozelos. Sua mãe fitou-a com admiração:” Como está chique! Vem! Vamos pentear os cabelos “. Umedeceu as mãos com o óleo de lavanda que estava encima da cristaleira, juntou os cabelos de Lira no alto da cabeça caprichando um belo rabo-de-cavalo arrematado com um laço de fita branca”.

     Lira correu à cozinha e tomou o café que já a aguardava sobre a mesa, acompanhado de deliciosas bananas assadas na chapa do fogão. Sua mãe levou-a até o portão onde pôde avistar D. Alaíde na saída da rua aguardando por ela. Enquanto Lira corria para alcançá-la acenava para sua mãe que continuava a olhar de longe até desaparecerem na esquina da rua. D. Alaíde e Lira pularam o filete de água que atravessava a rua e seguiram, agora tinha um bom pedaço de chão pela frente até chegarem a ponto do bonde que as levaria até o centro de Campo Grande onde tomariam o trem para a Central do Brasil. A rua não era tão estreita, porém ao cruzarem veículos era necessário diminuírem a marcha e um dar passagem ao outro. Quem estivesse a pé era obrigado a entrar no capim-limão que ladeava a rua e receber grandes tufos de poeira que era conhecido como pó de arroz. Nessa hora da manhã, porém, elas não corriam esse risco porque o sereno tinha caído à vontade durante a madrugada e deixou o solo úmido, impedindo a formação da poeira. Enquanto caminhavam, Lira apreciava o cantar dos passarinhos e das cigarras anunciando o dia quente que faria. O ar com cheiro de flor de laranjeira enchia o peito de Lira que transbordava de entusiasmo e alegria. Apreciando a bela manhã, teve a distração quebrada quando D. Alaíde, avistando a estrada de asfalto, sugeriu que apertassem o passo, pois corriam o risco de perder o bonde, então andaram com passos ligeiros, e quanto mais se aproximavam da estrada, mais as duas andavam depressa, Lira nem andava mais, corria. Quando estavam nas imediações do sítio de Zé Rodrigues, patrão do seu irmão mais velho, o Antônio casado com a sobrinha de D. Alaíde avistaram a sua cunhada que com o bebê no colo acenava para elas. D. Alaíde chamou a atenção de Lira, apontando em direção a Izaíde.
_Estou vendo. Ele é meu sobrinho e ela está fazendo sinal com a mão que não precisamos correr. Disse Lira.
Lira deu graças a Deus por ter entendido o sinal e lentamente caminharam o restante do caminho. Ao chegar na casa do irmão à cunhada foi logo dizendo que o bonde tinha partido naquele instante para a Ilha, portanto, poderiam ir ao banheiro... Tomar um café... Lira aproveitou o tempo, sentou-se na pedra do portão e tratou de se livrar dos incômodos grãos de areia que torturavam seus calcanhares, enquanto tia e sobrinha tomavam café. Tão logo se viu livre das pedras no sapato, alcançou com rapidez a gigantesca ingazeira que dividia com dezenas de moirões a responsabilidade de sustentar os fios de arame farpado que cercavam o sítio. Embrenhou-se por baixo da cerca a fim de recolher as bagas maduras de ingás caídos no capim ainda molhado pelo sereno da noite. D Alaíde tinha pressa em alcançar o ponto do bonde e não escondeu seu descontentamento ao ver Lira abaixada catando as bagas de ingá se arriscando a sujar-se e até rasgar a roupa nas farpas do arame, pior ainda poderia ferir-se, além de retardar ainda mais a chegada à guarita onde embarcariam. Quando chegaram à guarita Lira não conseguia esconder sua frustração por não ter comido as deliciosas ingás tenras, carnudas e sedutoras.
Longos minutos se passaram até que pudessem avistar o bonde que vagarosamente se insinuava na curva logo adiante emitindo um ruído estridente produzido pelo atrito de suas rodas contra os trilhos de aço.
O bonde parou. Estava lotado. Não fosse pelo hábito que os homens tinham de viajar nos estribos segurando nos balaústres, não teriam as duas conseguido assento. Mal se sentaram ouviram o tilintar da sineta acionada pelo condutor e que servia de senha informando ao motorneiro que podia dar partida no coletivo. D. Alaíde suspirou fundo, benzeu-se e rezou silenciosamente buscando a proteção divina para que tudo corresse bem durante a viagem.
A padaria velha ficou para trás, nesta altura da estrada, no passado havia uma padaria que com o passar dos anos só os seus escombros ficaram para lembrar e dar nome ao lugar. Lira tentou ficar em pé quando passou pela ingazeira na esperança de pegar alguns frutos dos galhos que se debruçavam sobre o caminho onde o bonde passava, mas não pôde, no bonde cheio de gente estava sentada espremida no meio do banco. Viu quando os galhos roçaram no bonde como gravetos, sem folhas e sem frutos. Quanto mais lotado estivesse o vagão da frente e quanto mais carga houvesse no vagão de bagagem, mais fácil os rapazes pegavam o bonde andando, devido a sua vagareza.

Lira prestava atenção a tudo que acontecia à sua volta. Um homem aconchegava a mulher sonolenta junto ao ombro e dizia ao amigo que ela havia deitado muito tarde, estava cansada, com dor no peito. O pobre encolheu os ombros, insinuando que o mundo começara a findar para a sua pobre mulher. Quando a mulher despertou do cochilo, distraída e melancólica perguntou onde estavam e o homem respondeu: “No Modesto”. Aí, Lira atinou o olhar para fora com o tempo exato de ver a professora Loló escrevendo no quadro-negro e o coto esquerdo apertando o livro contra o corpo. A classe estava cheia. Quase todas as crianças da região passavam primeiro pela escolinha da Loló antes de ingressar na escola pública. Diziam os antigos que a Loló havia perdido o braço na linha do bonde e sua coragem era reconhecida por todos em ganhar o sustento naquela escola, a um passo da linha do inimigo que a mutilou e sempre que ela viajava no bonde conversava alegremente com todos, do Modesto dá para ver a próxima parada, o Largo do Correia, enquanto passava o bonde na granja Tolomei Lira lembrou que hoje não brincaria nos brinquedos do Largo, balanço, escorrega, gangorra e um brinquedo chamado Vai-Vem , por sinal muito perigoso, quem sentasse na extremidade teria os miolos arrancados pelo ferro de sustentação do brinquedo. Não podia ser empurrado com força por isso as meninas desistiam do brinquedo, não só do Vai-Vem, Lira desistiu também do escorrega.
Nesse tempo diminuiu o uso da navalha que era própria para fazer a barba dando lugar ao uso da Gillette pelas crianças para apontar os lápis e os rapazes para se barbearem e nessa ocasião um malfeitor colocou uma lâmina de barbear numa fenda da madeira do escorrega causando graves ferimentos em algumas crianças. Alguns senhores antigos condenavam o uso da Gillette por, principalmente esse motivo, diziam: “Se tivéssemos ficado apenas com a navalha que mantínhamos trancada a sete chaves, talvez isso não tivesse acontecido, esse é o preço que pagamos pelas novidades”. Lira estica o pescoço, quer ver a Escola Jônatas Serrano, o bonde chocalha, consegue ver os colegas correndo no recreio. O cheiro da merenda, macarrão com salsicha, invade o olfato de todos, uma senhora espirra e enxuga o nariz apertando o lencinho de cambraia bordado. Quanto mais ela espirrava mais se apertava no banco, parecia que estava com dor de barriga também. O bonde continua a passos lentos, homens pendem nos balaústres com as mãos rugosas calejadas do trabalho duro com a terra. Olha a ponte! Grita o condutor. Um rio passa sob a ponte na curva fechada da estrada e o bonde empencado pode descarrilar, por isso o condutor avisa para que todos possam segurar. O bonde acerta o passo e logo chega ao Juquinha Paes. Pára. O caipira diz:
_Aqui eu fico.
Dirigindo-se a um mulatinho.
Vai ficar também?
    _Não, sigo para o centro, mas vou te ajudar a descarregar sua carga. Seguiram para o vagão de carga, desceram os engradado de galinhas e com ele o caldo de fezes que escorreu nos estribos. O caipira agradeceu. O mulato aproveita o espaço vazio deixado pelos engradados, puxa sua caixa de alhos e senta para descansar, os pés rachados, terra seca grudada no calcanhar nem sente nos pés as bostas das galinhas.
    De novo o bonde sai. A paisagem, muro alto, brancos, janelas e cumeeiras azuis, vários bondes no pátio. Baldeação _Grita o condutor. Dona Alaíde pega a mão de Lira e descem. Enquanto dá uma esticada nas pernas compra algumas balas e explica para Lira:
_Aqui é o Largo do Monteiro, pegaremos outro bonde.
O bonde sai de dentro da garagem, os passageiros tomam os seus lugares, os balaústres continuam cheios, o vagão de carga lotado de cachos de bananas, cestos de ovos, feixes de cana-de-açúcar, porcos, ervas... Parece que agora o bonde desliza bem mais rápido sobre os trilhos.
   D. Alaíde cutucou Lira para dizer que estavam em Cantagalo. Mal a menina atinou para a informação já estavam na parada do Pau Ferro e mais uma vez D Alaíde , oferecendo-lhe balas, cutucou-a para mostrar que já se aproximavam da Curva do Matoso. O bonde logo em instantes passava em frente ao Hospital Rocha Faria e desceu em direção ao centro de Campo Grande e logo, logo se podia sentir o cheiro de pão assado da Confeitaria Adelaide. O bonde, finalmente chegou ao ponto final, bem em frente à confeitaria. D Alaíde desembarcou mantendo Lira segura pela mão e rumou em direção á estação do trem que distava apenas alguns metros dali. Tiveram que aguardar um longo tempo pela composição que vinha de Santa Cruz com destino a D. Pedro II. Quando o trem começou a dar entrada na gare da estação uma verdadeira multidão aproximou-se da borda da plataforma com o intuito de serem os primeiros a embarcar e assim obterem lugares vazios. D. Alaíde mantinha-se afastada, tinha medo de ser empurrada e sem deixar a mão de Lira aguardou que o tumulto se desfizesse para só então embarcar. Era “macaca velha”, sabia de antemão que receberia a gentileza de um cidadão que lhe daria o lugar. Tão logo se instalaram no interior do trem ouviram soar o apito que sinalizava o momento da partida. Lira deixou pender a cabeça no encosto do banco divertindo-se com o balanço do trem a sacudir suas bochechas. Achou muito interessantes os morros, os postes, as árvores e as casas correndo. Tudo passava por ela numa velocidade incrível. Sempre que o trem parava D. Alaíde falava o nome da estação e Lira repetia na língua do “P”. Ou associava a alguma coisa conhecida.
_ Lira, aqui é Cascadura.
_ "Caspa, capa, dupu, rapa". Se a casca é dura, o machado bate e a lasca pula.
E assim, sorrindo, brincando com as novidades chegaram a Central do Brasil, como é conhecida a estação de D. Pedro II, fim da linha. Desembarcaram e logo sentiram o cheiro forte de café, pão quente, barulho de louças nos bares, vozes, gente correndo e gente andando de vagar. O lugar enorme, muito alto e muito largo, uma grande quantidade de comércios desde barbeiros e engraxates até restaurantes e charutarias. Havia muitas saídas, em várias direções e D. Alaíde sem largar a mão de Lira escolheu uma delas e alcançaram a rua. Só então Lira pode perceber que o prédio era muito alto, impossível calcular quanto e lá no alto bem no cimo do prédio havia um relógio enorme como ela nunca tinha imaginado que pudesse existir.

Atravessaram ruas, andaram por calçadas de pedras, tinham sombra dos prédios e corria um vento gelado, havia também alguns bancos de cimento, homens sentados liam o jornal... Entraram num dos prédios, através de uma janelinha um senhor atendeu D Alaíde. Pareciam velhos conhecidos, pegou os documentos que ela tirou da bolsa, examinou-os, balançou a cabeça com gestos de aprovação. Pegou algumas notas e moedas e entregou a ela.
De volta à Central do Brasil perguntou a Lira:
“Ta” com fome?
_ “To”. Entraram numa lanchonete, D. Alaíde pegou pão doce para as duas. Depois comprou balas de açúcar queimado com recheio de coco. Pegaram o trem de volta, Lira chupava bala... Nem morro, nem postes, nem casas correndo... Lira dormia e quando acordou já chegava a Campo Grande com a bala escorrendo no vestido.
Atravessaram a praça Três de Maio, dessa vez não foram direto para o ponto do bonde, foram ao Mercado São Braz, onde D. Alaíde comprou carne fresca, peixe, maçãs. Lira ganhou a maior, a mais vermelha e mais doce das frutas. Só então se apressaram para pegar o bonde em frente ao armarinho Ponto Chique, ao açougue e à confeitaria Adelaide, os mais tradicionais do bairro, praticamente na praça, Ali ficava Melhoral um mendigo muito conhecido em Campo Grande que se dizia parente de Juscelino Kubitschek.
Mal embarcaram no bonde Lira sentiu vontade de fazer xixi. Olhou para sua companheira, mas não teve coragem de dizer. Deu graças a Deus quando o bonde partiu. Fechou os olhos para não ver a demora, só abriu novamente quando cutucada para a baldeação no Monteiro. Pensou em se agachar atrás de alguma coisa, mas com a bexiga estufada foi puxada para outro bonde que estava à espera. Uma eternidade passou-se até alcançar a Padaria Velha. Logo ao descer D. Alaíde olhou o pequeno relógio de pulso consultando as horas:
_Viu como foi rápido? São apenas dezesseis horas e nós já estamos em casa. Nessa altura podiam se considerar em casa. Logo ali, há algumas dezenas de metros estava à casa do irmão de Lira e da sobrinha de D. Alaíde.
Ao passar sob a ingazeira Lira não viu nenhuma baga caída no chão, contentou-se em olhar sua frondosa copa cheia de ingás “de vez”, enquanto a tia e a sobrinha conversavam Lira esvaziava a bexiga. Aliviada, sentou-se na pedra que lhe servira de escudo e tirou os sapatos e as meias que lhe torturavam os pés há quase doze horas. A sensação de conforto e liberdade aumentava à medida que caminhava sob o Sol de final de tarde, soprava uma brisa amena e a areia fina da estrada refrescavam seus pés. Podia chutar a areia à sua vontade. Afrouxou o elástico que prendia o “rabo de cavalo”, puxou alguns cabelos da nuca que repuxavam a pele do pescoço, deixou que a aragem fluísse através de seus finos cabelos e com os sapatos na mão flutuou de volta para casa.
No caminhão, “Seu” Zé Martins passou ao lado delas acenando com gentileza, deixando um rastro de poeira fina, sacudindo os engradados vazios de laranjas. O dia de serviço havia terminado.
Lira molhou os pés no filete d’água que atravessava o caminho, o mesmo que naquela distante manhã pulara para evitar molhar os sapatos. Enquanto se refresca vê seu pai entrando no portão. Gritou:

_ Paaaaaaai...! Já cheguei!



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