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Asas que ficam
As asas da amizade que elevam nossos pensamentos
Pedro Trajano de Araujo

Resumo:
Neste poema, falo da minha própria travessia — dos rostos que cruzaram meu caminho, dos abraços que ficaram e dos silêncios que também me ensinaram. Cada pessoa deixou um rastro em mim, um verso, uma lembrança. Aprendi que o tempo leva muita coisa, mas não apaga o que foi vivido com verdade. Hoje entendo que o lar não é um lugar: é o afeto que carregamos, é quem caminha ao nosso lado mesmo quando o caminho muda. Sou feito das presenças que amei e das ausências que aprendi a aceitar.

✍️
Meu caminho não é linha reta,
é rastro de passos que o vento de agosto não levou.
Gente que conheci —
cujas memórias se misturam
aos lampadários acesos nas varandas;
umas vieram como ritmo de samba
e partiram antes de eu aprender a letra;
outras ficaram no baú da história,
como cheiro de café em cozinha ancestral.

As que partiram deixaram sabores e desabores nos meus ombros;
as que ficaram, me deram asas.

Das que permaneceram, faço raiz e voo:
raízes para lembrar que a amizade é porto,
voo para encontrar outros brothers.

Aprendi que, nos olhos-nos-olhos,
há mais casa que nas margens
do córrego Maria Chica;
que num abraço cabe um bairro inteiro;
e que dois amigos, em silêncio,
podem atravessar desertos —
sem sede,
apenas com o umedecer da saliva
das conversas antigas, lembranças vivas.

E assim sigo:
com a herança dos encontros guardada no peito,
a coragem de não precisar caminhar sozinho
e as palavras pronunciadas
na língua secreta dos que trocam
prosa boa sob um céu de Penápolis
e mil outras cidades.

✍️ @opoetatardio — Pedro Trajano
www.opoetatardio.blogspot.com


Biografia:
Pedro Trajano é um poeta que chegou à escrita com a bagagem dos anos e o olhar amadurecido pelas experiências da vida. Casado, pai, formado em Administração e atuante como vendedor, começou a escrever aos 44 anos, dando voz a sentimentos antigos e reflexões profundas. Assina suas poesias como O Poeta Tardio, por acreditar que nunca é tarde para florescer em palavras.
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