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🔴 Como manipular e influenciar eleitores
Rafael da Silva Claro


Custou, mas parte da imprensa resolveu se referir a Nicolás Maduro como o que ele é: um ditador. Entretanto, a resistência em utilizar o termo correto foi pensada, de modo que o aparecimento da palavra não é aleatório. O venezuelano não mudou o regime governamental, embora tenha recrudescido, mas a imprensa pôs em prática a estratégia de manipulação.

“É possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade” (Frase de um comercial do jornal ‘Folha de SP’). Os jornalistas sabem como inserir termos que direcionam o entendimento do leitor. Quando convém, Nicolás Maduro é presidente ou ditador. O “manda-chuva” venezuelano, quando foi recebido por Lula, era presidente; porém agora, depois que houve uma distensão, é tratado como ditador. Malandramente, a imprensa tem o cuidado de “colar” em Lula um presidente democrata, bem como, afastar um despótico ditador.

É uma sútil manipulação:

🔹O Globo (jornal da Globo) — “A amizade de Bolsonaro com ditador anticristão”;
🔹G1 (website da Globo) — “Lula tem reunião nesta terça-feira com príncipe herdeiro da Arábia Saudita”.

Nos exemplos acima, o mesmo grupo de comunicação, em fotografias protocolares, portanto, exatamente iguais do príncipe ditador da Arábia Saudita. Mas o grupo de comunicação tratava dos encontros de formas diferentes, depreciativa e edulcorante, respectivamente.

Se tivesse alguma conexão com a realidade ou fizesse algum sentido, suspeito, a imprensa ocuparia nossa imagem mental, ilustraria o nosso imaginário, acessando o estereótipo cultural com um folclórico Árabe voando com um sorridente Lula num tapete voador; e, ao lado de um mal-humorado Bolsonaro, com uma afiadíssima cimitarra cortando o pescoço de algum infiel ocidental.

Utilizar os termos ideais é uma excelente técnica de comunicação, afinal, cachorro e cão são sinônimos, contudo, cachorro-quente é um sanduíche, e cão-quente nem é bom imaginar como seria.

Mesmo sem ler algum livro de autoajuda que “ensina” como manipular e influenciar pessoas, os jornalistas sabem fazer isso, afinal, “É possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade”.


Biografia:
Ensino secundário completo. Trabalhei em várias empresas, fora da literatura. Tenho um blog, onde publico meus textos: “Gazeta Explosiva” Blogger
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