‘O Brinquedo Assassino’ mudou: agora faz justiça com as próprias mãos. O amiguinho maldito virou um justiceiro do bem. Como não perdeu sua vocação para espalhar o terror, o célebre matador arranjou uma maneira socialmente aceitável de continuar suas práticas. Diferentemente daqueles garotos que, por terem sido vítimas de “bullying”, invadem escolas (geralmente americanas) metralhando todos que são a personificação dos seus antigos algozes.
Eu desisto. Cansei de apontar os exemplos de “parasitismo pós-moderno” (apropriação de um personagem consagrado para disseminar uma ideia ou característica) quando “gourmetizaram” o clássico ‘Brinquedo Assassino’. Sim, eu sou da geração X, portanto, de uma época quando Chucky, o boneco assassino, tinha um humor ácido, a “boca suja” e matava por prazer. Com essa nova característica, o brinquedo que ganhou personalidade com a encarnação do espírito criminoso será candidato ao Prêmio Nobel da Paz.
Sou ‘cringe’ (de uma geração antiga), do tempo em que o ‘Boneco do Fofão’ vinha com um punhal no seu interior e o disco dá Xuxa, se girado ao contrário, reproduzia uma mensagem do demônio. Eram lendas urbanas, mas reproduziam os boatos de uma fase politicamente incorreta.
Muito parecido com o roteiro do filme de terror, o “zeitgeist” (espírito do tempo) atual foi capturado pelos progressistas (que não sabem o que é progresso), que estão espalhando a “lacração” que foi estocada durante muito tempo. Foi aí que surgiram os criminosos do amor, como o boneco assassino do bem.
Politicamente, os “governos do amor” estimulam os malucos com ímpeto exterminador a extirpar elementos que “ameaçam a democracia”: exemplos, Jair Bolsonaro e Donald Trump. O “Chucky”da vida real é mais criativo que o da ficção, porque dispõe de um arsenal maior para eliminar os “antidemocráticos”; porém, menos eficiente porque é muito ruim de mira.
Moral da história: é preferível ser um “serial killer” diabólico e sanguinário, do que preconceituoso. Isso é muito Geração Z.
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