Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
Teorias sobre a natureza jurídica da ação
Isadora Welzel

A primeira teoria é a civilista, que entendia pela não diferenciação entre o direito de ação e o direito material, trata-se de uma primeira concepção ainda com uma base imanentista.

Surge posteriormente a teoria concreta do direito de ação, que postulava uma independência do direito processual, embora ainda não fosse completamente autônomo. É nesse contexto que se pode incluir os estudos de Adolph Wach. Essa teoria, no entanto, foi criticada por considerar que o direito de ação, isto é, o direito de provocar o Estado-juiz para requerer um provimento jurisdicional, advinha somente a partir de uma sentença de mérito favorável.

Adiante, tem-se a teoria da ação enquanto um direito abstrato e ainda mais afastado do direito material do direito material, entendendo o direito de ação como subjetivo, público e abstrato. Contudo, essa teoria, por sua vez, entendia o direito de postular em juízo como um direito incondicionado, o que foi superado com o advento da teoria eclética, também com base abstrata.

Nesse sentido, cabe diferenciar que o direito constitucionalmente assegurado de pleitear direitos pela via processual é de fato incondicionado. Mas o direito processual em si, possui determinadas condições de admissibilidade, as quais são estudadas no âmbito da teoria eclética, como a legitimidade, o interesse de agir e a possibilidade jurídica do pedido, esta última superada com o CPC de 2015. Vale ressaltar que essa é a teoria predominante na doutrina.

Por fim, pode-se ainda falar na teoria da asserção (Dela Prospetazione), que por seu turno, é a teoria que prevalece no STJ e se relaciona ao momento em que as condições da ação são analisadas: se antes da fase probatória, resolve-se a questão sem resolução do mérito, se após, com resolução. Essas são as teorias sobre a natureza jurídica da ação, que acompanharam a evolução doutrinária e convergiram para uma concepção autonomista do direito processual.

Disciplina: Teoria do Processo


Biografia:
Além de grande admiradora da escrita e da literatura, sou estudante de Direito na Universidade Federal de Santa Catarina e meu propósito no Recanto das Letras é traduzir conteúdos do mundo jurídico para a comunidade leitora, de modo a propagar conhecimentos sobre o Direito e propor reflexões. 
Número de vezes que este texto foi lido: 55572


Outros títulos do mesmo autor

Jurídicos Resumo sobre Teoria do Processo Isadora Welzel
Jurídicos Resumo sobre Obrigações - Direito Civil Isadora Welzel
Jurídicos Controle de relevância e urgência - medida provisória Isadora Welzel
Jurídicos Alteração dos direitos individuais para além do art. 5 Isadora Welzel
Jurídicos Proposta de emenda à Constituição (PEC) Isadora Welzel
Jurídicos Sistema de justiça multiportas Isadora Welzel
Jurídicos Teorias sobre a natureza jurídica da ação Isadora Welzel
Resenhas Resenha sobre o livro Acesso à Justiça Isadora Welzel
Jurídicos Oportunas reflexões - Congresso UFSC 2024 Isadora Welzel
Jurídicos Padrões decisórios Isadora Welzel

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última

Publicações de número 21 até 30 de um total de 139.


escrita@komedi.com.br © 2024
 
  Textos mais lidos
A FELICIDADE - CAPÍTULO I - EFRAIM MARQUES 57253 Visitas
As três verdades - Paulo R Rezende 57226 Visitas
A morte de Franz Beckenbauer - Vander Roberto 57053 Visitas
Paralisação nacional nas universidades federais - Flora Fernweh 57049 Visitas
🔵 O segredo - Rafael da Silva Claro 57047 Visitas
Além da meta, por meio da Sincronia Sistêmica® - Isnar Amaral 57041 Visitas
Chuva de Verão - Dennys Robert Franklin 57031 Visitas
A verdade está nas unhas - Ana Mello 57011 Visitas
Fina textura - Toni Marins 56923 Visitas
O Desafio do Brincar na Atualidade - Daiane schmitt 56879 Visitas

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última