Pôncio Pilatos fez escola e ainda faz. No dia 17/10/203 em vídeo publicado pelo UOL após uma briga no Parlamento brasileiro, ouve-se: "Esta guerra não é nossa". A referência era ao conflito Israel/Hamas. Pilatos surgiu do nada e encarnou em alguém ali. A falta de amor com as vítimas do conflito é notória. Pensasse antes de falar diante de parlamentares dispostos a criar confusão ao invés de trabalhar. O político nada mais é a extensão de quem o elegeu. Não espanta como a vida humana é vista por alguns políticos: nada vale.
Biden correu e foi apagar o incêndio criado no Oriente Médio. Bancar guerras ao mesmo tempo não deve ser barato. Putin mostrou o quanto é hipócrita ao tentar negociar um processo de paz. Ele esqueceu que seu país ataca a Ucrânia? O Brasil não tem vez e voz no Conselho de Segurança da ONU e só aparece com certo protagonismo porque neste Outubro/2023 está presidindo temporariamente o Conselho. Sua proposta foi vetada e Biden foi até o Oriente Médio resolver diretamente o problema.
Neste momento que escrevo já são mais de 4 mil mortos no dois lados. O Irã ainda quer apimentar mais a crise ao estimular grupos para que atentem contra o Estado de Israel. Na chamada "Terra Santa" vê-se o inferno. A palavra paz parece não fazer parte daquela região e muito menos o bom senso de humanidade. Israel está cercado de gente disposta a destruir seu Estado e se possível sua população. A tal "guerra santa", expressão contraditória, é adotada pelo Hamas e seus membros contra o povo israelense.
No Brasil vemos a "guerra santa" pelos votos em tempos eleitorais. Pouco importa se você existirá ou não depois que o voto é feito na urna. O importante é reeleger Pilatos, ops, políticos. Beira o absurdo ouvirmos com certa convicção que "Esta guerra não é nossa". É a pura falência do bom senso. Na prática, deu-se a entender que "eles que se matem por lá porque eu não tenho nada a ver com isto". Coisa nojenta de ser ouvida. Mal sabe que conflitos respigam em nosso país em diversas frentes.
Um bom exemplo disto é a cobrança feita pelo governo americano aos seus cidadãos e cidadãs que estejam na zona de conflito. No caso da pessoa ser resgatada terá que assinar um termo de compromisso que pagará os custos disto feito pelas Forças Armadas. Coisa absurda. Ninguém está numa zona de guerra porque deseja. O conflito começou de surpresa, sem prévio aviso e não faz mais que obrigação o governo do seu país resgatar até por questões humanitárias. Os EUA diz ser a pátria da Democracia atual. Será? Agindo assim?
Duas guerras mundiais e uma pandemia recentíssima não sensibilizaram sobre o valor da vida humana e planetária. Pessoas continuam frias e agindo dentro do Capitalismo agressivo. Pouco importa se os rios da região Amazônica estão secando, se o Sul está embaixo da água ou há mortos em guerra. O importante é ficar imerso no "tijolo de vidro" e dane-se quem morra. Políticos no Brasil estão bem nesta linha de pensamento não sendo todos(as). Leiam sobre o Movimento Rosa Branca. Aprendamos algo importante: a vida é o maior bem que temos.
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