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Amor e Pixão, parceiros ou inimigos?
Rafael Dias

Falar de amor e paixão é uma tarefa um tanto arriscada. Porque essa tentativa vem acompanhada de uma possibilidade de êxito e fracasso em proporções inversamente opostas. Creio que o silêncio é preferível quando não se conhece os meandros pertinentes a um tema tão importante, que por muitas vezes se apresenta inefável, arredio ao intento dos incautos desbravadores.
       Para o escritor é oportunidade de ser imortal, porquanto será lembrado por gerações infindáveis, como conseguiu Platão em “O Banquete” ou William Shakespeare em “Romeu e Julieta”. O contrário talvez seja o mais provável para a maioria dos mortais que se enveredam nesse terreno. Tenho lido tanta coisa sofrível e sem sentido. Também escuto muitas músicas com letras tão mal formuladas que não é possível sequer reconhecer o próprio tema que o autor alega tratar.
       Esclarecidos no preâmbulo as condições e limitações do meu intento, lanço-me então à arriscada missão ou seja, responder a duas questões: o quê é o amor? O quê é a paixão?
       Quem pensou que eu iria responder tais perguntas enganou-se redondamente, se é verdade que o engano seja redondo. O conhecedor de mistérios tão profundos certamente seria dos mais felizes mortais. Entretanto, para termos um ponto seguro de partida, precisaríamos definir de antemão o conceito de paixão e de amor. Infelizmente não conheci até hoje poeta ou prosador que conseguisse realizar esse feito. Tentarei somente, tomando como parâmetro a experiência pessoal (que por sinal foi parca. Portanto ousada se afigura a empreitada).
        Começaremos pela paixão. É difícil encontrar uma pessoa que nunca se apaixonou. A paixão é passageira. Dura enquanto a chama é alimentada pelo desejo. Assim que este se esvai a paixão fica seriamente ameaçada. Muitas vezes ela própria abandona o apaixonado. É como se fosse a cura de para uma doença. Num momento a dor é intensa e pensamos que a tormenta nunca vai acabar. Passa o tempo e ficam só as cicatrizes. Já não sentimos mais nada. Só a lembrança, quando olhamos aquele sinal impresso no corpo.
        A paixão é soberba e egoísta. Quer possuir o outro. Quer ter o outro sob seu domínio. Não admite concessões. Quando o faz , o ciúme, um dos efeitos colaterais mais severos da paixão, emerge altivo e intolerante do mais recôndito lugar do espírito. Então estimula o apaixonado aos atos mais delirantes e insensatos. A paixão persegue implacavelmente a razão. Assalta-a e a aprisiona num deserto inóspito. Lança fora a chave da cela e tenta esquecer a localização onde deixou companhia tão incômoda. A razão normalmente é inconveniente para o apaixonado. Faz questão de alertar-lhe a todo momento do risco e conseqüências de suas resoluções. Quem está apaixonado não quer ouvir nem entender nada. No início, há até alguma resistência. Mas depois não há como resistir. Estar apaixonado é como estar numa carruagem puxada por mil cavalos enlouquecidos. Não sabem ao certo o que o destino lhes reservam. Apenas sentem uma vontade incontrolada de correr, correr, correr... Os braços não sustentam as rédeas por muito tempo. O cocheiro se entrega e seja o que Deus quiser...!
        O amor, pelo contrário é soberano. Não deseja pagamento. Não deseja possuir. Sente-se até mais feliz em dar, pois é completo. O amor não tem medo nem ciúmes. O amor entende. É maduro e sábio. É também discreto. Diferente da paixão, que é escandalosa, o amor é percebido nos pequenos detalhes. O amor não faz propaganda dos seus feitos. Sente para si, e sentindo, se preenche. O amor não usa maquiagem e nem roupas caras. É bonito em sua simplicidade. O amor não seduz. Atrai involuntariamente, assim como todas as outras coisas boas. O amor é amigo da razão, apesar de não depender dela para andar com as próprias pernas.
          A vocês, que valentemente conseguiram chegar até este ponto do texto, tenho um má notícia para dar. Minha intenção não era querer definir o amor ou a paixão. Na verdade tenho pouca competência para tal ofício. Além mais é impossível traduzir o inefável. Tão difícil quanto é traduzir os nosso sentimentos. Eu só decidi escrever este texto porque eu sei que uma pessoa muito especial irá lê-lo. Esta mensagem é para você, MEU AMOR:
           - JOICE, EU TE AMO!

Rafael Dias.

* Se vocês quiserem ler mais textos meus, é só acessar o meu blogger: www.amigodesophia.blogspot.com


Biografia:
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