O perdão é detergente
Que lava a alma da gente
Dando brilho de cristal,
O perdão é curativo
Que eleva o homem vivo
Preservando seu astral,
A vingança e o rancor,
Só aumentam nossa dor,
Alimentam a tristeza,
Perdoar é tão divino,
É o som do violino
Afinado com clareza.
Quem perdoa não magoa,
Não perde seu tempo à toa,
Não pede comprovação,
Quem perdoa só entoa
Cantos de coisa boa,
Cantos de emoção,
Sobra espaço pra alegria,
Sobra vida e harmonia,
Sobra tempo sem lamento,
Não cabe mais as desavenças,
Desaparecem as doenças,
Ilumina seu momento.
Perdoar só se compara
Ao brilho de pedra rara
E ao brilho de um olhar,
Ao perdoar só se repara
Que tristeza é coisa cara
E não tem como pagar,
Pois é peso que se carrega,
É alma que se entrega,
É uma febre terçã,
O perdão cedido ontem
É cruz que largo hoje
E é luz vem amanhã.
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