hoje é dia comum,
pasto de feras!
homens de Zeras!
faz dela
a chegada
de
minha flor
de espera!
sou perto
e sou longe.
sou de festa,
mas não me caso
mais com
mais nenhuma
bela
que vive nelas!
se meu vôo
é longo,
passo-fundo
a gemer.
fui uma vez
pra nunca
mais ter vez.
sou a sobra
a espera,
a chegada,
e as lágrimas
que, agora,
meio triste até
rezo.
por céus,
meio-a-meio
faz de mim
um rei
de chegada,
vestido
de carmim!
vou embora,
doce amora!
volto um dia
e você
me namora!
mas,
cansei!
penei e
fanei!
regra
não tem!
a prosa voa
e a poesia
é alegre.
decerto!
no final dá
tudo certo!
tem muito vinho
e taças
mortas de
tanta alegria.
passo ao largo,
sou torto,
sou caça
e dízimo dos
pobres,
sem ao menos
saber cantar
a fúria
desmedida,
com tamanho
beleza de verso
que me enlaça.
E com muito embaraço,
ergo a taça da vitória
que nada mais
o escondido da derrota.
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