Não sei falar as língua dos anjos.
Quem dera pudesse ouví-las.
Quem sou eu?
Mulher? Menina?
Já nem sei.
Perdi-me em minhas angústias,
patrulhando por minhas crises.
Existência? O que é isso?
Alguém poderia me dizer?
Sou um espantalho de horta,
um esqueleto que
cobriu-se de vida
e quis viver.
Morri por certo.
Fui morta pelo eco
do silêncio que vem do céu...
Maria
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