Vê em mim o que há,
veja se tem algum
caminho escuro
e muda meu ser,
mas deixa viver,
quem sou.
Acolhe meu tempo em tuas mãos,
transforma a noite,
faz ser amanhã,
traz luz, calor, muito amor.
E agora me leva ao ninho,
me entrega
aos braços feitos do sol,
me tira da chuva,
me ergue do medo,
desvia o raio,
ensurdece o trovão.
E cala, aquieta,
descansa meu coração,
não deixe que a lágrima dos olhos
faça ferpas em meus sentimentos.
Segura meu ser,
minha alma,
nascida entre as estrelas,
entre os seixos do tempo de março,
e, me faz renascer,
como fênix,
muitas vidas,
não deixa a solidão me vencer...
Maria
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