Os rastros que marcam
o corpo, são pegadas suas,
quando nela caminhaste,
quando lhe deste sete
árduas tarefas à cumprir,
sendo que todas,
todas elas,
fáceis de falar,
difíceis de viver,
- acho que nenhuma
é bem realizada -.
As marcas que calam
na alma
são os cravos que ali
deixaste todas as vezes
em que sozinha,
à solidão de uma vida,
a condenaste.
Os sulcos que formam
vãos no espírito
são os cortes
que tua espada fez,
a cada coisa que disseste
para magoar,
a cada beijo negado,
despedidas plantadas
e silêncio imputado.
Tudo para que a alma,
anestesiada por ela,
não sentisse dor...
e não tivesse infelicidade.
Mas, quando a alma é louca,
quando o coração é insano,
sua felicidade é amar...
Maria
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