Minha obra é minha vida
e o crédito se dá nas lágrimas
que me consomem os dias.
Nas horas vagas coloco
minha poesia na gaveta do coração
e quando aquecidas,
no pulsar de suas batidas,
divulgo-as aos ventos
que cruzarem meu caminho,
sem medo de que eles as levem
a outros rincões e querências.
Se por bem, alguém as ler...
e se uma dessas letras
lhe falar ao coração,
tome-a e faça-a sua.
Cumpriram seu destino
de saírem de mim,
- qual lava de um suspiro -
e morrerem como semente,
num coração novinho
de esperanças.
Maria
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