Relembrando a copa do mundo 2006 e preparando-se para a próxima...
Na verdade nosso caso de amor com a bola não é de hoje.
Fico pensando em como já pequenininhos sem que alguém nos ensinasse sabíamos que a bola rola e que poderia ser chutada.
Refletindo sobre isso, concluí que o futebol é um caso de amor antigo. Muito antigo.
Tenho por mim que já vem lá do útero de nossa mamãe.
Quando o espermatozóide de que somos formados, viu aquela bolinha linda que era o óvulo, se apaixonou perdidamente e correu desembalado ao encontro do enrosco apaixonado e eterno. Foi a corrida do século para nós. A primeira corrida atrás da bola.
Ali descobrimos o quanto a bola era importante para nós.
E seja lá quem você for, goste menos ou goste mais, você se interessa em pelo menos saber quem venceu o jogo.
No meu caso foi um espermatozóide andarilho que se enrolou todo num óvulo douradinho e sonhador.
Ali foi meu primeiro enrosco. Ali foi a primeira vez que me enrolei numa história de amor. E dessa paixão, desse caso de amor antigo nasci eu, uma bolinha branquinha como a lua, cheia de fios douradinhos.
E por que jogamos tão bem?
Creio que devido ao clima de nosso País e do plasma quentinho e envolvente em que vivíamos dentro do útero (ai que saudade), temos mais ginga e alegria ao correr atrás da bola/óvulo. E que ginga hein?
Será que vamos conseguir vencer quando jogamos?
Penso que só participar já uma vitória, mas também penso que se já vencemos a primeira modalidade esportiva em que participamos, a corrida da vida, alcançando o óvulo, nosso primeiro amor, nosso primeiro romance com a bola, o que mais não podemos vencer?
Afinal de contas, amamos um enrosco numa bolinha. E bola é o que não falta no País do futebol. O que você acha? E tem jeito?
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