A revolta do povo
deixa as nuvens carregadas
pelo governo o abandono
das pessoas encharcadas.
A chuva se fortalece
Com os granizos na rua jogados
como a tempestade se enfurece
com a revolta dos serviçais cansados.
O céu fica nublado
enquanto alaga em lugares distintos.
O tempo fica abafado
Enquanto os bueiros com lixos entupidos.
Os trovões furiosos
E os raios desastrosos
São os reflexos de um povo descontente
Por anos sugada a energia sobrevivente.
Alguns políticos se tornam ilusionistas
trazendo com a chuva a neblina.
E assim, o povo fica cinza
como o céu, ranzinza.
Do nada ele vomita uma sandice tempestuosa
Como se fosse um barril de pólvora
independentemente do estrago pronto a ser jogado
E o povo que o elegeu se sente desapontado.
Sentindo raios, trovões e ventos, sem norte
o povo vive segundos de gris sem suporte
como se uma chuva de gelo e uma enchente
encharcassem as ruas da nossa vida intensamente.
É tanta a revolta que em forma de granizo,
O povo sofre, chora e se manifesta num grito,
Como nesse poema em que se ouve o barulho da chuva
tão forte, tão brutal e tão catártico como nunca...
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