Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
PROFUNDO 13 IND 16 ANOS
DE RICO FOG E IONE AZ
paulo ricardo a fogaça

Resumo:
BOM


                        Luciana termina de averiguar o andamento e procedimentos dos serviços das enfermeiras, leva alguns documentos até a sala do diretor do hospital, saindo desta toca seu celular.
   - Oi Lú.
   - Oi Arlete, o que foi?
   - O Glads, meu filho arrumou um novo emprego.
   - Que bom, é só isso?
   - Nossa, credo irmã, tá bom vou desligar viu.
   - Me desculpe, é o pessoal daqui que me deixa aos nervos.
   - Também preciso, se você puder de uns remédios pras crianças e o vô.
   - O que o velho tem dessa vez?
   - A pressão dele, continua daquele jeito desregulada, as crianças estão meio sem gracinhas, entende.
   - Assim que eu sair, levo uns comprimidos, xaropes e uns aparelhos para medir a pressão do velho e ver a saúde das crianças, talvez eu até consiga levar um médico amigo meu ai.
   - Sério irmã, você é muito legal, te amo muito irmã.
   - Tá, tenho que ir, vou desligar.
   - Deus te abençõe muitissimo, mana.
   Luciana desliga e sente um aperto no peito, lembranças lhe tomam quando.
   - Quer dizer que vai levar um médico, amigo seu médico.
   - Lógico, você querido.
   - Eu?
   - Quem mais seria dr Cristiano.
   - Finalmente vou conhecer a família trapo que tanto fala.
   - Veja lá como vai ser, o velho é bem mais esperto do que imagina.
   - Tem de ser é seu familiar, afinal a neta é uma tranqueira de marca maior.
   - Canalha.
   - Olha, sou o doutor aqui hein.
   - O que quer?
   - Que tal ir comigo até a nossa salinha e ir me adiantando o pago pelos meus honorários.
   - Cafajeste. Lú segue o dr para os fundos do hospital, ali num quartinho meio que depósito ela o beija e eles ficam nos amassos até tocar o celular dele.
   - Oi, sim, estou indo.
   Cristiano sai primeiro e Lú espera alguns minutos saindo depois.
   Glads chega no clube de carona na moto de um amigo, ali desce agradecendo ao rapaz que o levou e ao entrar se identifica falando sobre o que fora lá fazer, o segurança lhe mostra o caminho a porta de Gilmar, dentro da sala ele vê diversos cartões e dinheiro em espécie em cima da mesa, pega uma cadeira e puxa para longe da mesa.
   - Oi.
   - Oi sou Gilmar e você?
   - Sou Glads, vim por que me disseram da vaga de garçom.
   - Me desculpe, mais eu contratei um rapaz hoje á pouco.
   - Sério, nossa, tá tudo bem.
   Jarbas entra ali.
   - Você é o Glads?
   - Sim senhor.
   - Sou amigo do Vanderlei, Gil este é o meu amigo, ele será o novo garçom.
   - Já admiti outro, hoje mesmo.
   Jarbas se aproxima mais de Gil.
   - Eu te disse que ele vai trabalhar aqui, já falei com a senhora, tudo bem.
   - Tá ok, certo.
   Jarbas retorna a Glads.
   - Fique tranquilo, ele vai te dizer o que tem de fazer viu.
   - Obrigado, mais senhor, se for causar algum incomôdo, posso ir e depois eu volto quando houver uma vaga, entende.
   - Fique o Gil vai te explicar tudinho.
   - Obrigado.
   Jarbas sai dali.
   - Pode se sentar rapaz.
   - Obrigado sr Gil.
   - Só Gil, como disse a vaga de garçom foi preenchida, mais se não for ruim pra ti, pode ser o zelador da noite.
   - Posso, obrigado mesmo sr.
   - Pare de me chamar de sr, só Gil tudo bem?
   - Sim, Gil.
   - Isso, só mais uma coisa, tem algum vicio?
   - Só trabalhar sr.
   - Gil.
   - Gil.
   - Pode ir, você começa essa noite mesmo, ás 22 horas, tudo bem?
   - Estarei aqui sr.
   - Tchau.
   - Tchau.
   Glads sai da sala e no corredor esbarra com uma loira alta.
   - Me desculpe.
   - Finalmente um rapaz educado por aqui. Risos.
   Ele segue seu caminho e ela entra na sala de Gil junto de 4 garotas.
   - Olá Gil.
   - Chegou fuscão, e ai, trouxe o bom da festa?
   - Aqui na sua frente. Fuscão pede as garotas que rodeiem Gil e mostrem a ele seus atributos.
   - Gostei, agora sim isso aqui vai ferver no movimento.
   - Já sabe, quero o meu todo final de turno delas.
   - Lógico meu amor, como prova ja te dou aqui o adianto dessa noite, carinho.
   A mulher pega a grana e conta rápido.
   - Tá vendo por que gosto de sempre fazer negócio contigo.
   - Os horários?
   - Até as 3, depois disso, quero o acréscimo por cada uma.
   - Justo e assim terá, linda.
   - Como dizem, sucesso amigo e dinheiro garotas.
   Fuscão sai dali deixando as mulheres frente a Gil.
   - Nomes?
   - Denise, Aline, Gisele, Amanda.
   - Tudo bem, gostei de tudo, podem ir para os fundos nos camarins, retornem mais lindas ainda tá.
   - Sim.
   Jarbas entra ali.
   - E essas mulheres?
   - Uma idéia para melhorar o fluxo de ganho da casa.
   - A senhora não quer piranhas por aqui a fazer ponto, sabe disso.
   - Pare Jarbas, são garotas top, altissimo nível, você mesmo as viu, fique tranquilo, tudo no controle.
   - Bem, se diz assim, faça o que quer. Jarbas não insiste no assunto saindo da sala e deixando Gil.

                                                  041120220..........…







                                               12




                 A noite se torna um tanto a mais no clube com as novas aquisições, andando pelo salão, uma até dá palpites nas mesas de jogos, ora auxiliando aos jogadores e ora em auxílio a casa.
   - Esta bem cheio hoje.
   - Não te falei, fizemos um bom negócio.
   - Vamos ver, quando a senhora ligar passarei a ela.
   - O que foi Jarbas, você mesmo esta vendo, o nosso público em sua maioria são homens.
   - Sim eu sei, porém tenho que seguir o regulamento da casa e assim da senhora Leticia.
   - Pare com isso, vai ver, Leticia acima de tudo ama dinheiro.
   Jarbas se afasta de Gil andando até ver Glads sair do banheiro.
   - E ai Glads?
   - Olá sr Jarbas, eu já terminei a limpeza deste sanitário, esta pronto para uso.
   - Sanitário, limpeza, por que esta com o uniforme de garçom e fazendo limpeza?
   Gil se aproxima deles.
   - Olá Glads, pode ajudar lá na cozinha, problemas com a bancada e a pia.
   - Sim sr, com licença. Glads sai deixando os dois ali.
   - Por que não o colocou de garçom?
   - Por favor Jarbas, eu te disse, já tem outro na vaga, o rapaz é um bom profissional, o Glads esta indo bem na limpeza também, o pessoal é só elogios da higiene dos banheiros.
   - Não quero que ele fique nisso, dê o seu jeito, assim que turno acabar, mande o outro embora e dê o cargo ao Glads ouviu bem?
   - Esta certo, farei isso. Jarbas sai enquanto Gil o olha com certa raiva.
   - Maldito, vou vence-lo do meu jeito, você vai ver.
   Glads termina ali o conserto da pia e segue com o lixo para fora, Gil esta perto das lixeiras.
   - Olá sr Gil.
   - Oi Glads, me diz, você é desse jeito mesmo ou esta fazendo um tipo?
   - Como assim sr?
   - Acho que vou passar, deixo para que eu mesmo descubra, gosto de enigmas.
   - O sr esta se sentindo bem?
   - Acho que preciso dos meus dadinhos.
   - Dadinhos?
   - Vai, deixe, termine isso e fique por perto, sempre se faz preciso para alguma limpeza de última hora e repasse sempre os cinzeiros por favor.
   - Sim sr.
   Glads entra e logo Gil tira do bolso 2 dadinhos fazendo uso destes, ele estremece seu corpo e seus olhos dilatam ali inerte ele viaja por um mundo que ele criara para fugir da realidade.
   Jarbas sai do escritório quando Glads entra para fazer a limpeza ali.
   - Senhor.
   - Pode me chamar de Jarbas.
   - Sim, Jarbas.
   - Vai dar uma geral por aqui?
   - Sim Jarbas.
   - Bom, muito bom, olhe ja falei com o Gil no final da noite ele vai resolver tudo e você será o garçom amanhã, tudo bem?
   - Obrigado sr.
   - Jarbas.
   - Sim, Jarbas muito obrigado, mais estou bem aqui, gosto de trabalhar e não me importo como.
   - Se vê você parece um rapaz bem forte e trabalhador nato.
   - Tem de ser, afinal sou arrimo de uma família bem grande e tenho que me esforçar, não posso parar.
   - Então você ainda mora com sua família?
   - Sim mais nove pessoas mais ou menos.
   - Como assim?
   - Ás vezes lota mais, bem mais.
   - Sua mãe deve ter um bom coração?
   - Sim, minha mãe apesar de tudo é formidável.
   - Apesar de quê?
   - Acho melhor eu começar a limpar, logo me chamam e..........
   - A, sim vou sair. Jarbas sai logo é chamado no salão.
   Leticia curte a chegada a Maceió com Allan fazendo vários vídeos e fotos e postando tudo em suas redes, Allan por sua vez sempre carinhoso atencioso para com ela, formando um casal invejado pelos outros hóspedes do hotel.
   - Sabia que com você eu realmente me perco no tempo.
   - Isso é bom?
   - Acho maravilhoso, gosto muito da sua companhia.
   - Êpa, tô sentindo o clima de pedido.
   - Como, já, acho que já somos um casal.
   - Te amo.
   - Te quero.
   - Sério, não consigo ver a vida sem você.
   - Ai meu Deus, para congele, Senhor eu estou plena e amada é isso.
   - Você é louquinha, ás vezes.
   - Com um boy carinhoso, gostoso, charmoso quer o quê bem. Risos e beijos.
   A lancha para ali no pier e eles entram, Leticia é pega no colo e colocada no assento logo beijos e caricia e o clima esquenta, Allan averigua se o piloto esta por perto, não estando, eles afloram o desejo deles deixando o momento picante e delicioso ao casal.
   Luciana chega de carro com Cristiano, eles se beijam frente a casa antes de sair do carro, logo a mulher abre o portão já na área Lourival os aguarda.
   - Então finalmente vamos conhecer o trouxa da vez, o coitado mais um bobo iludido.
   - O que foi velho, pelo jeito a pressão esta boa.
   - Vou te dizer o que não esta bom.
   - O que quer, mais dinheiro?
   - Beijo e abraço seu é que não é surucucu.
   Cristiano cai no riso ali com a raiva de Luciana.
   Arlete chega ali cheirando a banho recente e cabelos feito dois laços.
   - Oi maninha.
   - O que houve Arlete, você esta bem?
   - O meu bebê morreu, por quê mana?
   Lourival entra.
   - A louca esta assim desde o inicio da tarde.
   - Mais quando ela me ligou estava bem.
   - Então foi isso, você sabe bem que o veneno dela é você.
   - Por que não deixa de ser assim, ruim, velho.
   - Vá se lascar sua pu..............
   Cristiano se acaba no riso e Luciana leva a irmã para dentro, na sala ela examina Arlete e os outros, Cristiano faz diversos pedidos de exames todos pelo SUS, pegara um talão de pedidos e carimbos, fora uma consulta particular, Lourival não tira o olho dele.
   - O que ela te prometeu, olhe você é novo, rico pelo jeito, tem tudo para arrumar uma gata, por que gasta seu tempo com um estrúpicio desses ai?
   Mais risadas e Cris, Luciana afere a pressão arterial de Lourival aperta nisso o pulso dele.
   - O que foi, ficou louca, mais ainda não aguenta a verdade.
   - Velho, velho, vou te dar medicação errada isso sim.
   - Até parece que caio nas suas sua bruxa do nordeste. Cristiano se perde em risos ali.
   O doutor termina o atendimento nas crianças, Luciana dá os medicamentos que trouxera para Arlete e Lourival.
   - Obrigado.
   Seguindo para o carro, Cristiano é parado por Lourival que vai até ele com certa dificuldade tendo uso do seu andador e Arlete a tiracolo.
   - Tome cuidado com essa ai, isso dá golpe até dormindo.
   Cristiano olha firme para Lourival.
   - Como?
   - Que bobo eu sou não é, afinal agora vejo com toda clareza do mundo e de meus janeiros, assim sempre se diz, os seus sempre se unem, o doutor não é tão diferente dela, acertei em cheio não?
   Luciana vem até Cristiano, ele a beija na face e se despedem de todos ali, Arlete vai até o carro e Luciana lhe dá 400 reais.
   - Pegue, compre algo para vocês.
   Cristiano olha aquilo e também ajuda com mais 200.
   - Não precisa doutor.
   - Precisa sim, afinal seu Lourival me fez rir e muito.
   - Então, muito obrigado dr.
   - Sim, eu é que agradeço, há tempos eu não tinha uma noite assim, graciosa.
   Lourival vai até eles.
   - Já que gostou tanto, da próxima traz uns come e bebe, mais bebidas por favor.
   - Tá combinado, trarei.
   - Ele não vai trazer nada.
   Luciana enfurecida pede a Cristiano que saia com o carro.
   - Vamos?
   - Sim. Cristiano responde saindo e fazendo jóia para Lourival.
   - Muito bom este dr.
   - É, você que é boa, não vê o que eu vejo.
   - Como assim vô?
   - Este dr, pode até ter diploma, poder, dinheiro, mais a essência dele é tão suja quanto a da sua irmã.
   - Credo vô.
   - Tô dizendo, conheço gente assim de longe.
   No carro Cristiano não para de rir, quando Luciana intervém.
   - Se soubesse que iria se divertir tanto teria nunca te trazido.
   - Sabe nisso você se superou.
   - Por quê?
   - Eu sabia que aquele lugar era praticamente um manicônio, mais olhe, isso pode ser pior que o inferno, já imaginou viver ali o tempo todo?
   - Por isso mesmo quando comecei a trabalhar a primeira coisa que fiz foi sair dali.
   - Sério, então você quase não morou com eles?
   - Morei, eu ia e vinha, sai dali tantas vezes que até perdi as contas, mais quando a corda apertava eu retornava.
   - Por isso ainda os ajuda?
   - Não, mais ou menos eu devo e muito a eles.
   - Isso eu sei e muito bem.
   - O que diz?
   - Se esqueceu que sei daquele seu detalhe.
   - O que foi dessa vez doutor?
   - De tempos atrás, sabe quando...........
   - Por favor, fique quieto, ja teve e muito sua sessão de risos, graças logo me aposentarei e ai sim vou ter de sair do lugar onde estou por que alguém aqui não vai mais me querer por perto.
   - Olhe, ainda bem que não somos casados.
   - Vá ao inferno Cristiano.

                                              081120220................


Biografia:
amo escrever e ler
Número de vezes que este texto foi lido: 59439


Outros títulos do mesmo autor

Crônicas A CAÇA A LÁZARO paulo ricardo a fogaça
Poesias SUA SEGURANÇA paulo ricardo a fogaça
Poesias SOLAR paulo ricardo a fogaça
Contos OCRE 6 paulo ricardo a fogaça
Contos OCRE 5 IND 16 ANOS paulo ricardo a fogaça
Contos OCRE 4 IND 16 ANOS paulo ricardo a fogaça
Contos OCRE 3 IND 16 ANOS paulo ricardo a fogaça
Contos OCRE 2 IND 16 ANOS paulo ricardo a fogaça
Contos OCRE SUSPENSE IND 16 ANOS paulo ricardo a fogaça
Contos OCRE SUSPENSE IND 16 ANOS paulo ricardo a fogaça

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última

Publicações de número 11 até 20 de um total de 138.


escrita@komedi.com.br © 2024
 
  Textos mais lidos
Arnaldo - J. Miguel 60218 Visitas
Naquela Rua - Graça Queiroz 60188 Visitas
PÃO, CIRCO E AMOR - Lailton Araújo 60150 Visitas
Um conto instrumental - valmir viana 60144 Visitas
Vida Amarrada II - Lenda Dupiniquim - J. Miguel 60131 Visitas
RESENHAS JORNAL 2 - paulo ricardo azmbuja fogaça 60106 Visitas
O Desafio do Brincar na Atualidade - Daiane schmitt 60078 Visitas
"Caminantes" - CRISTIANE GRANDO 60075 Visitas
O Banquete - Anderson F. Morales 60070 Visitas
Escrevo - Terê Silva 60063 Visitas

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última