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Simone sai do banho, desliga o micro da tomada, dentro deste ela pega uma xícara de chá erva cidreira, vai para a sala ali liga a tv e assiste ao noticiário, logo ouve a campainha tocar.
- Oi amor.
- Para o inferno, por que foi no restaurante, como soube que eu estaria ali?
- Nossa, veio até aqui só para isso, achei que já estivesse morrendo de saudades minhas.
- Pare de ser infantil, não temos qualquer compromisso, sou casado e ponto.
- Chega, acha que vai me fazer de trouxa assim, não sou tão idiota, quer terminar, é isso, por mim tudo bem, terminamos aqui.
- O quê?
- Ouviu bem, chega Marcelo não vou ficar rastejando para ti, quer saber, cansei, cansei mesmo de tudo, de você.
Simone segue de volta para o sofá, Marcelo vai atrás dela lhe agarrando e a beija com certa força.
- Pare, você mesmo veio para dizer o fim, não precisa mais, já te ajudei até nisso, acabou Marcelo, acabou.
- Nunca mais diga isso, eu não quero ficar sem você, não diga nunca mais, eu te amo.
O homem joga a mulher ali no sofá caindo em cima dela aos beijos e caricias.
Mafalda chega da escola, Regiane vem a ela já recolhendo a bolsa e a pasta da patroa.
- Obrigada querida, sabe do meu filho, ele ja chegou?
- Sim, estou um pouco preocupada, ele chegou perto do almoço, foi para o quarto, eu já fui lá algumas vezes, ele não almoçou, deixei umas frutas na porta senhora.
- Na porta, o que houve Regiane?
Mafalda segue para o quarto do filho e ao abrir a porta entende o por que do embaraço da funcionária.
- Filho, filho, acorde. Renato não se move, Mafalda sente a respiração do filho e o cobre, abre a janela do quarto e sai.
- Senhora.
- Obrigada por ser assim, sempre cuidadosa para com minha família.
- Nossa dona Mafalda, sou eu quem tem de lhe agradecer por ter me dado esse emprego abençoado.
- Sabe, meu avô sempre dizia, pessoas boas de caráter limpo se conhece de longe.
- Obrigado senhora.
- Bem, vamos ver o que faremos para a janta.
- Vai fazer janta hoje?
- Acho melhor, afinal acredite, tive um almoço em certo interessante.
- Que bom patroa.
- Agora vamos querida, fazer aquela consulta no refrigerador e dispensa.
As duas seguem para a cozinha.
Ellis assina alguns prontuarios trazidos por uma enfermeira e assim que esta sai, ela confere as mensagens no celular.
- Quantas mensagens do Yuri, o que será que aconteceu. Ela decide por ligar para ele.
- Amor.
- Oi paixão.
- O que houve?
- Tô preocupado, meu querido amor parece estar fugindo de mim e de meu amor, abraços, beijos e tudo mais.
- Pare de graça.
- Te quero.
- Bobo, sabe que tenho que estar cem por cento aqui, no meu trabalho.
- Só que tem cuidar também do seu doentinho de amor aqui, daquele jeito que eu gosto e só você sabe muito bem.
- Safado.
O casal fica em namoro a distância por alguns minutos até que bate a porta, uma enfermeira e anuncia um novo paciente que dera entrada ali.
Marcelo termina de se vestir, Simone com um lençol enrolado no corpo.
- Acho que devemos ter mais disso.
- O quê, dr.
- É isso, discutir a relação, sempre acabar assim, eu aprovo.
- Canalha.
- Gostosa.
- Amanhã quero você á noite.
- Para quê?
- Ir a uma festa, comigo.
- Ficou louca, sabe que não posso.
- Então saia e não volte.
- Tá, vou ver o que posso fazer.
14102020...............
Simone liga pela décima vez para Marcelo, este não atende.
- Onde aquele canalha se enfiou.
Marcelo termina de jantar com Mafalda, Renato e Hellen, Ellis aproveitara a folga para sair ao cinema com Yuri.
- É amanhã a festa do Enzo?
- Acho que sim.
- Nós iremos amor?
- Claro, não posso faltar, afinal ele e o Marcelo disseram que querem anunciar algo importante para mim.
- O que será?
- Só saberemos amanhã. Risos.
Simone joga o celular na parede quebrando.
- Vá para o inferno, maldito.
Ali no sofá ela liga o som e inicia outro copo de wodka.
- Desgraçado, você vai ver, você vai ver. Logo ela joga o copo também na porta.
Não demora e o porteiro interfona dizendo ter recebido reclamações de outros moradores.
- Sim, me desculpe, tá, tudo ok tá, só estou levemente alterada, só isso, tudo bem, felicidades, tchau.
Ela desliga e junto abaixa o som, agora ali se entrega ao choro.
- Maldito, maldito canalha, olha só o que me faz, cretino.
Danielle faz massagem em Eduardo que quase dorme com aquilo.
- Amor.
- Sim.
- Tem certeza de que quer fazer aquilo amanhã?
- Infelizmente, não há outra opção, só estranho você fora total a favor de inicio.
- Estive pensando melhor, se eles não cumprirem com o combinado?
- Por isso mesmo te ouvi, como sempre tendo a melhor idéia, colocar minha irmã junto.
- Por ela tudo bem, já pelo outro lado, tenho minhas desconfianças.
- Pois fique bem alerta amanhã, qualquer sinal me chame e diga.
- Farei isso, acredite que farei.
O casal segue ali no quarto.
Renato sai de casa e ao passar pela portaria vê um rapaz que lhe cumprimenta.
- Oi.
- Oi.
- Me desculpe mais você é estudante do colégio D. Pedro?
- Sim, por quê?
- Sou Levi, me mudei há pouco tempo e estou estudando na sua classe.
- Você é o aluno novo?
- Sim, gosta de pizza?
- Bem, gosto.
- Então vamos.
- O quê?
- Comer pizza.
- Assim do nada?
- Vai, vem logo. Os dois ali por quase duas horas papeando e rindo em uma boa pizzaria, na rua o carro pára frente ao lugar.
- O que o meu anjo amigo faz ali?
- Não sei bem senhora, mais acho que esta com um amigo, se divertindo.
- Ele não pode ter amigos, nunca, só eu basta para ele, entende?
- Sim senhora.
- Jarbas, me dê o celular.
- Sim. Leticia liga para Renato mais o rapaz e não atende.
- Diabos, esse muleque acha que é o quê?
- Quer que eu vá lá?
- Não, vamos embora, temos outros esponjas para tratar.
- Sim senhora.
A conversa fica animada e os amigos saem para uma danceteria, já dentro do lugar, Renato percebe o ambiente.
- É diferente aqui.
- Sim, um clube LGBT.
- Você é gay?
- Sou, por que, vai me agredir?
- Acho, que não.
Renato sai da pista e segue para o bar.
- Por que não disse antes?
- Faz alguma diferença que seu novo amigo é gay?
- Sei lá, talvez.............
- Você me daria uma boa desculpa e sairia fora, isso ai?
- Talvez, sim. Risos.
Os dois saem dali já perto das duas da manhã, no caminho de volta, Re4nato ainda compra uns dog e come com Levi, depois já no pátio do condominio cada um segue para sua rua.
- Até.
- Falou.
Arnaldo decide por ligar para Nalva.
- Oi.
- Oi doutor.
- O que vai fazer amanhã?
- Quer dizer hoje. Risos.
- Sim.
- Acho que vou acompanhar a Dani e o Eduardo na festa, enfim meus patrões.
- Que bom vou estar lá.
- Graças, já não vou mais precisar ajudar no servir e nem ficar na mesinha dos empregados. Risos.
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