INCIDÊNCIA
No amanhecer morno de outono
Seu cheiro se espalha no ar,
Suas mãos sedentas em meu
Corpo suado está a desfilar.
Com a língua procura sorver
As gotas de suor que me escorrem
Pela face em torpor matinal,
Levando-nos ao prazer triunfal...
Esta energia que nos envolve
De repente faz-nos um só corpo
Ao toque famélico destas bocas...
Nossos peitos colados e arfantes
Anunciam o crepúsculo em nosso luar
Como o um final do dia não tem pressa
Para a noite encontrar.
05 de abril de 2008, 08h56
Robério Pereira Barreto
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