Talvez não desse certo,
como não deu.
Talvez você me acharia fútil e infantil,
como de fato, às vezes, eu realmente sou.
Talvez minha insegurança atrapalharia.
Talvez meu grito te machucaria.
Talvez o tempo apagaria o encanto de um pelo outro.
Talvez nossas falas se silenciariam.
Talvez a rotina nos incomodariam.
Talvez a convivência não nos trariam a boa sensação de felicidade eterna.
Talvez seria um desperdício de tempo, aquele em que tudo se deixou por estar.
E nesses encontros e desencontros, cada pessoa segue seu caminho, sempre na incerteza de como teria sido.
Sempre no " talvez pessimista" para se consolar na ideia de que com isso teria sofrido.
Não que meu presente não seja um presente, mas o passado para mim é um mistério.
Curioso vivenciarmos algo que não entendamos, não?!
É como se olhássemos para os átomos de uma pintura e não a víssemos como um todo.
Vemos, porém, não a deciframos.
O presente é um presente. O passado, um "talvez". O futuro, a colheita de uma semente.
Sei lá! São tantos "talvez" que numa vida não daria para se pensar.
Muitos caminhos a serem percorridos.
Haja suor!
Haja lágrimas!
Uma esponja absorve até o seu limite máximo por mais que caia água em cima dela.
É assim que somos, esponjas com nossos limites geográficos, financeiros, com nossas nacionalidades, línguas, modo de pensarmos, personalidades.
Em fim, ainda bem que existem essas peculiaridades, senão, seriamos esponjas com sua capacidade esgotada de absorção.
O "talvez sofrido" é um fator necessário para não enlouquecermos nossos corações, enchendo os de água ao máximo ceifando nossas vidas.
O presente é uma dádiva e o "talvez" um remédio preventivo.
Para vocês que não entenderam essa bagunça, não se apavorem, pois não perderam nada.
Agora, para vocês que me entenderam, um texto já basta!
|