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CAMINHOS PARA O FIM
Manoel Rodrigues de Abreu Matos

Por inúmeras vezes já me questionei se o ser humano deve mesmo continuar existindo, visto que suas ações são incompreensivas e nos aproximam da aniquilação total. Somos uma geração perdida e acredito que um fenômeno idêntico ao que aconteceu com os dinossauros deve acontecer em breve para instaurar uma nova geração de seres vivos, não sei ao certo se de humanos ou qualquer outra espécie. O fato é que nós chegamos ao fim, a cada dia, tornamo-nos menos humanos.
Temos o incompreensível hábito de consumir alimentos que que nos destroem aos poucos como bichos ferozes que não pensam suas atitudes. Nós ingerimos constantemente refrigerantes, salgadinhos, produtos enlatados, embutidos, churrascos gordurosos ao sabor de muita cerveja e cigarro, sem qualquer noção do que isso pode causar.
Outro exemplo de atitudes irracionais é o consumo de cigarros, muito embora temos algumas questões a considerar. Ele já foi motivo de status, rebeldia, liberdade e hoje ele constitui a imbecilidade humana. Qualquer que seja o quadro que você defenda, é sabido que se trata de uma distração que pode levar, não apenas o usuário, mas todos os pares que convivem em torno de si.
Não ando observando a vida aleia, mas também não ignoro os fenômenos que a mim se apresentam. Era uma tarde de domingo excelente, solzinho bem fresco, molecada brincando na rua, bola rolando, bate aqui, bate ali e os meninos se divertindo à bersa. Mas como nem tudo ´pura alegria, uma jovem senhora surgiu justamente para provar essa verdade absoluta. Sentada ao lado do seu querido neto, aquela jovem senhora fumava cigarro que mais parecia a chaminé de uma grande fábrica de carvão. A criança deveria ter, no máximo, 2 anos, mas já era obrigada a fazer parte daquele cinerário à The Walking Dead.
Sentada ao lado da avó, a criança observa, curiosamente, a fumaça se espalhar nas alturas do céu azul, criando um leve sombra que dança contentemente ao ritmo do vento fresco que sopra nas tardezinhas de uma típica cidade nordestina. Já que os indivíduos aprendem observando seus semelhantes, esse pequeno humano, inocentemente, deve alcançar boa nota na avaliação da vida. Como bem cantou Zé Ramalho, povo marcado, povo feliz.



Biografia:
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