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NAS ABAS DO MUNDO
Flora Fernweh

Refugiados provenientes de diversas regiões, oriundos principalmente de países que atravessam uma crise, instalam maciçamente em regiões atrativas ou que ofereçam uma possibilidade de reconstrução e esperança de vida, entretanto os benefícios da imigração em geral são ilusões. A fuga de uma primavera árabe rumo a um “paraíso” de clima temperado é pautada por desafios e percalços pessoais, culturais e ideológicos.
     Muitas vezes procuramos por armadilhas inexistentes com o temor de que possamos cair nelas, ou somos pressionados ao polo oposto: ignoramos a realidade e nos refugiamos em ilusões, somos por exemplo bombardeados por uma mídia que por vezes apresenta fatos de maneira distorcida. Buscar refúgios é para muitos, distanciar-se da vida profissional e buscar consolo na família, é fazer da poesia uma anestesia para encarar a crueldade do mundo ou diante de uma sociedade alienada, encontrar abrigo nos sonhos.
     Apoiar uma causa em prol da humanidade ou da sustentabilidade é um refúgio para aqueles que buscam por um sentido para suas vidas, a religião é inclusive um exemplo de conexão com a espiritualidade que infere diretamente na essencialidade intrínseca do ser representando por vezes, a fé como salvação e resguardo.
     Há algumas semanas estive em um centro clínico nutrindo um diálogo de passagem com um jovem em depressão, constatei por meio de seu pensar, que o mesmo buscava refúgio na morte, dias depois recebi a notícia de que seu avô estava prestes a partir. Na tentativa de aproveitar seus últimos momentos de forma feliz, para o ancião, sua vida tornou-se refúgio, e suas memórias, ninho de libertação.


Biografia:
Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. 
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