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50 anos de uma história bem contada
(a fatídica chegada do homem à lua)
Roberto Queiroz

Assisti nos últimos dias às matérias especiais que a internet e a Rede Globo realizaram sobre o cinquentenário da missão Apollo 11, que no dia 20 de julho de 1969, às 20h17min, pousou na lua. "Um marco para civilização moderna", dirão os mais fanáticos pelo tema. "Que história maravilhosamente bem contada", direi eu, "mas...".

Minha mãe - que a Deus a tenha no céu! - nunca acreditou na remota possibilidade do homem ter pisado na lua. Sempre viu essa história dos americanos como uma grande crendice popular, e por muitos anos eu não entendi a implicância dela com o feito realizado pela NASA. Já hoje em dia acredito que deveria ter lhe dado, isso sim, um voto de confiança.

Em 1977, em plena efervescência da década mais eloquente do cinema americano (minha humilde opinião) o cineasta Peter Hyams - realizador de filmes notáveis como 2010: o ano em que faremos contato e Outland: comando titânico - dirige o longametragem Capricórnio um, onde expõe a missão espacial como uma grande falácia, fabricada para comover os corações e mentes de cidadãos americanos fanáticos. O filme é brilhante e para aqueles que ainda não se dispuseram a vê-lo, corram o quanto antes. "O melhor da sétima arte costuma fugir da gente", disse certa vez um crítico de cinema que eu adoro.

Polêmicas à parte a missão Apollo 11 é, com folga, um dos maiores cases de marketing já criados pelos EUA.

Era outros tempos, é bem verdade, e a América - como gostam de se autointitular - ainda não era vista como a megapotência que é hoje. E disputavam mano a mano com seus rivais da hoje extinta União Soviética a vitória na corrida especial. Gagarín até tentou, mas não teve jeito: a terra dos cowboys, de hollywood e da tão sonhada liberdade levou a melhor. Contudo...

Podem me chamar de maluco, de comunista, de babaca, do que for, mas não me canso de assistir o fatídico vídeo em que a Neil Armstrong pisa a lua e finca a bandeira dos Estados Unidos nela e pensar que a lua, satélite natural da terra, é do tamanho... de um galpão. Isso mesmo. Sabe aquela legítima sensação de que se fosse andasse saltitando ao redor do seu próprio quarto teria feito a mesma caminhada que Armstrong fez? Pois é... Eu já fiz isso. E mais de uma vez (que o diga quando criança!).

E só para constar (e interpretar o velho papel de advogado do diabo que eu tanto adoro): há um site na internet com informações científicas precisas que refutam totalmente a possibilidade do homem ter realizado tal feito. Fica a critério de quem quiser pesquisar no amigo número 1 dos pesquisadores da nova geração: o google.

Chego àquele ponto do artigo em que os parcos leitores restantes já estão me chamando de louco incurável ou inverossímil completo. Fiquem à vontade, mas é difícil acreditar na legitimidade da missão Apollo 11, tendo em vista que os próprios EUA criaram todo esse embuste para alavancar sua condição de "maior nação do planeta". Nos brothers nunca foram de dar ponto sem nó, não é mesmo?

Hoje, após repensar minhas próprias desconfianças e teorias, chego à conclusão que a chegada do homem à lua fez bem à terra do tio Sam. Que o diga o fenômeno que sagas como a multimilionária Star Wars se tornaram com o passar das décadas. Não terá sido esse, afinal de contas, o interesse dessa grande nação? A América é a terra do espetáculo, do exibicionismo, do oportunismo atroz, onde o que tem valor, tem valor de mercado, isso sim, e nada mais.

As reportagens feitas pelo Jornal Nacional enfocam no novo desejo da terra de Mr. Trump: chegar à marte. E provavelmente conseguirão, pois a tecnologia hoje é muito mais sofisticada do que na década de 60. E o que sempre me assustou foi o fato da própria sociedade americana não achar estranho que um ano antes Stanley Kubrick realizara o seu antológico 2001: uma odisseia no espaço com riqueza de detalhes. Para mim, honestamente, quem realiza uma façanha ficcional daquelas, é capaz de inventar qualquer coisa!

Dito tudo isto e após ouvir atrás de minha nuca um leve murmúrio de "que cara maluco!" vindo da direção de alguns leitores, concluo aqui esta empreitada narrativa elogiando essa grande nação criadora de histórias majestosas e pensando comigo, quase desesperançadamente: quando é que nós, seres humanos, vamos tomar vergonha na cara e aprenderemos a pensar com a nossa própria cabeça?

Quer saber? Melhor deixar quieto. E parabéns à NASA!


Biografia:
Crítico cultural, morador da Leopoldina, amante do cinema, da literatura, do teatro e da música e sempre cheio de novas ideias.
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