Eu vi o mar,
na espuma crespa
da agonia,
a onda fria.
Eu vi o céu.
O céu tremia
estrelas brancas,
restos de sol.
Eu vi a folha,
ela voava,
longe do galho,
ela chorava,
longe do lar.
Eu vi o pranto,
que tu choraste
e dedicaste
ao nosso amor.
E o mar levou
estrelas brancas,
folha caída,
restos de sol.
E a tua lágrima,
serenamente,
rolou no rosto,
brilhou no espaço,
caiu na onda,
morreu no mar.
Rio, 23/03/61
|
Biografia: Nasci em Itaqui, no Rio Grande do Sul e resido no Rio de Janeiro desde o final de 1958. Nunca publiquei nada do que escrevo, por que sempre o fiz para consumo próprio e, principalmente, por falta de talento. Agora, acho que perdi a vergonha. Gostaria imensamente de receber as críticas dos meus eventuais leitores peoo e.mail anibalbonorino@superig.com.br. |