você ainda irá viver.
E verá, onde tudo se dará. Ou apenas deixará,
de existir!?... Mas como é possível tal imaginar
Se tão vivaz é pertencer
A ponto de não ser possível compreender
O ‘se dissipar’.
Entre as estrelas no universo, achando ter tal poder
De explorar e destruir
O ver para crer, irá poder quando tudo ruir.
Mas o poder é uma ilusão e não haverá pra onde ir.
Foi há algumas centenas...
Que já não é o centro do Universo
E há muito a se descobrir,
que muito do que sabe, está ao inverso.
Que mesmo que pareça O Fim,
é apenas O Começo...
Não contaram que o ‘felizes para sempre’ vive e a história continua?
Como um ciclo que se inibe
E a vida já está nua.
A volta se aperta, onde gira em torno da sua
Incapacidade de entender
Que não existe rua no caminho de crer
Que és o centro de tudo,
e que tudo está a te ceder.
A vida até se trata de ‘ter’
Mas nunca de ‘segurar’
E para achar a essência do ‘ser’, ah, não é aquele que não quis ‘aproveitar’.
És tão fixado ao inferno
Que mal percebeu:
Que o verdadeiro inferno
Foi você quem concebeu.
Em sua própria Terra...
Que o céu está a seu lado...
Me diga, por que erra?
A nova promessa prometia mudanças,
mas tudo o que há são prédios de sabão
E tudo o que achava sólido está a se dissipar,
sem esperanças,
a água a jorrar, a lama pelo chão...
Círculos de farsas continuam a reinar
Durante toda a história insiste em crer:
que pela ganância irá ganhar.
Venho dizendo que sou o pobre, o exilado, o rejeitado...
Pois sou Eu,
quem você tem se aproveitado:
Come de minha carne, bebe de meu sangue
Explora meus limites e pulmões...
Sacia tua fome e engrena a mente, mas não vejo corações.
Ah, se eu pudesse lhe dizer,
que depois do Fim não há pontos, riria.
E assim me olhas, com ironia...
Sou tudo o que não pode explicar
O fim do palpável e além do que possa imaginar.
A carne pode até se esgotar,
seus recursos, acabar
Mas sempre poderás ser fonte inesgotável de consciência e amor.
Chego a apelar, pois sem fé não há esperança
E sem esperança não se sabe da onde és.
Mas saibas da onde vem,
o que eles querem que se vá, que com a censura não se vê.
E O Fim já chegou, ele sequer respirou, pois ele o antecipou...
Quando num momento deixou de amar,
quando no fogo me ateou...
Como um mero animal, total irracional.
Sua humanidade foi perdida,
mas na vida há uma vírgula, em seu ponto final;
E O Fim é só uma esquina, pro começo de outro além...
E depois do Fim,
melhor há de ser...
E para que haja nova vida, a morte há de viver...,
Unagi, Matheus.
09/10/2019
|