Você me ama assim mesmo, de vez em quando...
De vez em quando você se ama a mais, pra me dar um pouco a menos...
Sem se preocupar se vou deslizar entre seus dedos.
Mas é quando o frio da ‘não razão’ lhe aperta que você quer me ver andando.
Andando e vivendo em jejum de amor.
Um amor que em sua razão nunca será proporcional,
Onde no fim de cada batalha só há um invicto vencedor, e nós sabemos, irracional.
Que é desproporcional a cada esforço meu que nos mantém de pé. Desigual.
E eu continuo me doando em todas as suas necessidades,
Até porque você é bom em promessas, me prometeu reformar cidades.
Mas o edifício do nosso amor continua a desmoronar, e você continua pela Direita.
Sigo incertos princípios, mas mantenho a minha esperança de que você ainda se endireita.
Andando e vivendo em jejum de amor.
Ainda estás em zona de conforto,
E é assim mesmo que você me ama, quando é bom pra você, e eu sou o torto.
As coisas ainda saem boas para você.
E eu continuo a ser contínuo, estando à mercê.
Andando e vivendo em jejum de amor.
Você diz me conhecer, mas não me conhece de verdade, apenas me viu.
Eu sou o chão que você pisa, o ar que você respira, o anjo ‘travesti-do’ de entraves que você viu e resistiu,
Na rua, onde sua verdade não se concretiza, e o que se realiza é a falta do amor,
Que você adiou para amanhã, mas ainda diz que não desistiu.
Mas só por hoje, não estarei mais andando e vivendo em jejum de amor,
Do seu amor que não enxerga Gente.
Eu sou o que te doa incessantemente, eu sou aquele pra quem você mente.
Quem te dá chances, chances gastas em repetições; quem te dá lições.
Você continuará a me destruir?
Pois só por hoje, não mais permitirei; a história precisa ter um fim e não mais vou insistir.
E ambos sabemos,
Que nessa razão sobram restos, restos dos quais não vou mais viver.
Do seu amor que dura até o final, mas ainda não é pra valer,
Que nem o meu, que vai além dele,
Porque mesmo depois do fim, você ainda irá viver.
E eu estarei lá!
Você continuará a não aprender?
Unagi, Matheus.
14/05/2019
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