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SOB O MESMO PARAÍSO 4 IND 16 ANOS
COM IONE AZ
ricardo fogzy

Resumo:
BOM

- Você não viu nada.
   Já esta escurecendo quando Marcos entra na casa, Nancy vê que uma das mulheres o segue, a faz pegar uma outra dose e vira de uma vez, ao longe Marluce observa.
   - E então querida, me desculpe ser direta, mais você é feliz aqui?
   - De todos os lugares que já fiquei, aqui para mim é um paraíso.
- Se pensa assim.
- Por que diz isso?
- E, ele te trata bem?
- Marcos, não conheço homem melhor.
- Deus conserve.
- O que foi Marluce, pode dizer, sabe de algo?
- Eu, jamais, o que sei, sabe, minha velha mãe já dizia, pior que ser tola é confiar cegamente em um homem.
- Acha que devo desconfiar dele?
- Não, nunca te disse isso.
- Olhe Marluce, sei que a vida nos fez em certo descrentes do sexo oposto, mais é uma exceção.
- Que assim seja.

        Nancy vai á cozinha e pega mais gelo para as bebidas das mulheres que estão a festejar, quando vai retornar para lá, ouve alguns risos abafados vindo do quarto de hóspedes.
   Em passos curtos ela segue para o mesmo, a porta entreaberta, Marcos só de sunga com a mulher em lingerie se beijam e fumam um baseado.
Ela sai dali e na festa coloca o gelo na mesa, Marluce percebe que Nancy esta um pouco agitada.
- Acho que andou vendo coisas.
- Sim, coisas que não nos diz respeito.
- E o que é respeito para você?
- Já te disse e repito, amo Marcos.
- Todas amamos algo, alguém, é da natureza não tem como fugir, agora o que cabe aqui é até quando?
- Eu decido até quando.
- Olha, já vi muitas dizendo isso.
- Eu também.
- Sabia, senti o cheiro, o meu faro ainda esta muito bom.
- O meu também.
- Um brinde.
- Por que não. Após o brinde, Nancy bebe com Marluce e as outras até perder o controle e num ato impensado ela lança um litro vazio de wisky na parede da casa.
- O que aconteceu, o que houve?
Marcos surge ali de calça sem camisa, Nancy ali em pé tendo apoio á mesa.
- Finalmente o senhor dá o ar da graça para a gente.
- Do que esta falando?
- Onde você estava e com quem?
- No quarto, sozinho.
- Mentira, seu mentiroso de uma figa, eu vi você com uma delas, eu vi. Vocífera Nancy ali.
- Para quê tudo isso, vai me diz?
- Você é que tem de dizer, você nos deve explicações não é minha gente, todo mundo aqui quer saber quem é da vez, quem a felizarda que te teve naquele quarto de hóspedes?
- Você esta bebada.
- O que é vai querer me controlar agora?
- Depois a gente fala sobre isso, depois.
- Depois um cacete, vai, diz quem estava com você, foi boa sua fodinha?
Marcos dá um tapa nela, fazendo ela perder o controle e cair, alguns restos de bebidas caem em cima dela.
- Nossa, que homem forte, canalha, covarde e forte.
- Cale a boca.
- Vá se fuder., seu pau no........
- O que quer com isso, Nancy você está louca, é isso.
- Eu não sou Nancy, eu tenho nome.
- Amor, por favor.
- O que você acha que sabe de amor, bater, espancar, agredir, ludibriar, é isso, é isso?
- Por favor, fique quieta.
- Olha gente, tá vendo, este lindo homem, sabe, ele estava no quarto de hóspede com uma colega de vocês, sabe fazendo   aquilo e puxando um.
- Não vai se calar. Marcos levanta a mão para agredi-la novamente, Marluce entra na frente.
- Ela esta bêbada, qualquer um percebe isso, agora me deixe cuidar dela.
- Vá.   A mulher levanta Nancy que chora, as das seguem para o banheiro, Marcos liga o som e ordena que a festa continue, as mulheres mesmo em quase pânico daquilo, tentam manter o clima festivo.
   O piloteiro segue até as pedras e recolhe o saco plástico que antes Nancy deixara.
- Tomara que esteja tudo aqui.
- Falando sozinho Luis.
- O que foi, agora vai me seguir?
- Eu hein, só vim te procurar para lhe dizer que o clima lá tá indo pro saco.
- O que houve?
- Sei lá, a dona da casa brigou com o marido, ele deu uns cola nela.
- Ela esta bem?
- Acho que sim, Marluce levou ela para dentro.
- Então tá.
- O que foi Luis, você por acaso conhece a dona daqui?
- Eu não, não, só não acho certo homem agredir mulher.
- Nem eu, mais sabe, sei lá, cada um com seus problemas.
                                              ‎15/‎08/‎2019......



                                Nancy lava o rosto, tendo o apoio de Marluce.
   - É colega, a vida ás vezes nos mostra o que a gente insiste em não ver.
- Eu não posso.
- O que você não pode?
- Não posso deixar essa ilha, eu não posso.
- Te entendo, também já fiquei nessa situação e não foi só uma vez, mais olha, eu posso te abrigar em minha casa, vem comigo.
- Não é isso, Marluce, eu não posso e nem quero ir.
   - Ai fica dificil, este homem já lhe deu uma pequena amostra do quem vem por ai.
   - Como assim Marluce, o que você quer dizer com isso?
   - Nada, nada, loucura minha, coisa da idade, é isso, mais vai deixa de ser teimosa, vem comigo.
   - Não, eu vou ficar, obrigado.
   - Tem certeza?
   - Sim, eu tenho. Marluce recebe nancy ali que a abraça e lágrimas vem dos olhos de ambos.
   - Olha, ás vezes, a gente pensa que é obrigado a aceitar tudo que a vida nos impõe, mais sabe, sempre há outros caminhos, sempre.
   - Muito obrigado por vir e ficar aqui comigo.
   - Mulher, somos mulheres, temos por obrigação de nos cuidar, uma das outras.
   - Eu sei, sabe, você é divina.
   - Não, sou não, sou uma velha qualquer que a vida fez e desfez até que um dia ela se cansou e me deixou viver.
   - Seu coração é enorme.
   - Igual ao seu, eu não sei o segredo que te faz querer ficar mais olhe, é sério, tem aqui uma amiga.
   - Obrigado.   Nancy beija a face de Marluce que faz um afago nos cabelos desta.
   - Já na varanda, Nancy vê ali sentado Marcos que ao ve-la vai até a mulher.
   - Me perdoe.
   - Tudo bem, também fui culpada.
   - Não, não, não foi, eu é que sou um bruto inconsequente.
   - Tá certo, vamos voltar ao festejo?
   - Você esta melhor?
   - Sim, já estou.
   Marluce vem até eles.
   - Conserve essa mulher Marcos, outra igual a ela você não conseguirá.
   - Eu sei, como sei, me desculpe Marluce se fui rude.
   - Mais olha só, o rei da ilha pede desculpas, essa não, agora sim a mudança total.
   - Estou desculpado?
   - Nem me lembro mais. Marcos traz Marluce para si e a abraça, ela aproveita e lhe diz ao ouvido.
   - Cuide bem dela, é um tesouro que tens em mãos, ela é sofrida mais não é tola, como as outras, isso ela não é.
   A mulher sai dali deixando os a beberem um refri de caja manga, uma das moças vem a eles.
   - Tem mais cerveja?
   - Tá na cozinha.
   - Vou lá.
   Nancy olha para ele que a traz para um beijo, da cozinha a mulher pega as cervejas e olha na janela, Marluce indo em direção a lancha.
   - Deixe tudo pronto, acho que logo partiremos.
   - Sim senhora.
   - Não beba demasiado, você tem vidas para levar.
   - Eu sei dona Marluce.
   - O que foi Luis, te conheço muito bem, não vem com essa de dona para cima de mim.
   - Tá certo, Marluce. Risos.
   - E olhe, tome muito cuidado com seus negócios e a dona dessa ilha.
   - Negócios, que negócios?
   - Não foi sendo boba que cheguei até aqui, afinal também fiz isso ou ainda faço para me manter na vida, só tome cuidado, muito mesmo.
   - Não estou entendo Marluce.
   - Nem eu quero entender, só ouça, seja o que for, tome cautela, Marcos é imprevizível e muito ruim quando quer.
   - Eu hein.
   - Bem, foi avisado, deixe-me retornar a festa.
   - O clima melhorou?
   - Nunca esteve melhor.   Marluce sai deixando Luis a mexer em sua caixa de ferramentas onde ele escondeu o saco plástico.
                                                  1608019.........




                                   Marluce se despede do casal ainda com os primeiros raios de sol por vir, as moças também sobem na lancha em clima de pós festas.
   - Obrigado Marluce, meninas, vocês são demais.
   - Tchau gente.
   - Tchau.
   Marluce abraça Marcos, agora ali junto de Nancy em um abraço que traz lembranças de seu tempo em mocidade.
   - Por favor menina, se cuide, tome juizo, por favor, não se esqueça, minha casa esta de portas abertas para ti.
   - Obrigado Marluce.
   - Tchau.
   - Tchau.
   Luis saúda de longe ao casal, Marcos corresponde com um aceno e logo ouvem o ruído do motor da lancha.
   Já ao longe, Nancy ainda acena, Marcos enlaça a mulher na cintura.
   - O que foi amor?
   - Tô querendo você.
   - Sabe, acho que é isso que eu mais gosto de ti.
   - Então vamos logo.
   - Aqui?
   - Por que não. O beijo é o inicio de roupas ao chão, logo ali na grama embaixo de uma árvore o sexo acontece e Sofia sai do quarto em uma camisola branca com detalhes em prata na lateral, na cozinha ela tira do refrigerador uma caixa de suco e serve um copo para si.
   - O que foi amor, tanta sede.
   - Bom dia.
   - Bom.   Francisco beija ela e recebe um morango na boca.
   - O que pretende fazer?
   - Acho que devo fazer uma visita a ilha.
   - Como assim, veio de lá, nesses dias.
   - Não sei, mas acho que meu irmão entrou em uma cilada.
   - Que tipo de cilada?
   - Nada não.
   - Vai logo diz ai.
   - Você conheceu essa nova Nancy?
   - Mais ou menos, na realidade, em uma varredura o que me deixou um tanto surpreso é o fato dela ser igual as outras, só que não consegui saber muito do passado dela.
   - Nem eu.
   - Acha que ela foi plantada ali?
   - Não, mais não podemos descartar.
   - Sabe que mexer com ela é arrumar um grande problema com seu irmão.
   - Deixa que com ela eu resolvo.
   - Pois é, isso eu sei.
   - Vá, trate de cuidar dos negócios.
   - Não precisa dar comando a galo antigo.
   - Vou resolver alguns também.
                                                                                                  18082019.........




                                        Nancy termina de lavar a louça, na estufa Marcos cuida de seu plantio, ela sai da cozinha e segue para o quarto, da primeira gaveta da cômoda ela pega um molho de chaves, segue pelo corredor e abre a porta de um quarto, neste ela faz a troca de roupa de cama.
   - Este quarto é mais arejado que o outro.
   Terminado ali ela abre a cortina do quarto e ao mexer na vidraça cai um envelope que estava preso nesta, na parte de cima.
   - O que é isso?
   Nancy limpa as mãos na roupa e pega o envelope, sopra este devido ao grande acúmulo de pó, abre e tira uma chave de dentro.
   - De onde é esta chave?
   Ela sai dali e segue para a varanda, ali sentada ela fica a admirar á chave.
   - Oi amor.
   - Oi Marcos.   Ele vê na mão a chave, avança e lhe toma.
   - O que está fazendo com isso, me diz, de onde a pegou, vai fale logo?
   - Calma, eu a encontrei, nem sei o que ela abre e...........
   Marcos com a chave em mãos se descontrola, em gritos, dispara e num surto dá um tapa nela que cai ao chão.
   - Para Marcos.
   - O que foi, vai querer me prejudicar agora.
   Sem qualquer controle sobre si, ele manda mais tapas na mulher que tenta defender-se como pode.
   Já se passa dos 3 minutos, quando Nancy consegue rolar para longe dele.
   - Eu não vou para a cadeia, não vou.
   Ela ouve aquilo tentando levantar-se mais não consegue, o máximo que faz é sentar encostada á parede, só então Marcos vai se estabelecendo, tomando ciência do fato ali, ele inicia um choro que mais parece um bicho selvagem grunhindo.
   - Me perdoe, por favor Nancy, me perdoe, eu te amo, te amo.
   Ele vai até ela e ajuda a levantar, Nancy chora muito, os hematomas vão tomando forma na face e em outras partes de seu corpo.
   - Meu Deus, o que eu fiz com você, sou um monstro, me perdoe, me perdoe.
                                                    20082019.......


Biografia:
ler e escrever é minha vida assim
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