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Nascimento e morte
DIRCEU DETROZ

É estranho como a raça humana pouco se dá conta de que seu ciclo nascimento, vida e morte não é único no planeta. Talvez, isso possa ser explicado pelos sentimentos contidos durante este ciclo. Eles vão dos sorrisos de alegria postadas atualmente em redes sociais, até as lágrimas de tristezas diante de um túmulo.

Tudo no planeta Terra gira em torno deste ciclo. Creio não haver exceção em nenhum dos cinco reinos dos seres vivos. O que varia é o tempo de duração deste ciclo. Há seres vivos que passam por todas as etapas em apenas algumas horas. Nos humanos ele dura algumas décadas.

Num jardim uma flor nasce e depois morre. Numa floresta uma árvore nasce e depois morre. Num ninho, uma ave nasce, pode passar a vida voando e depois morre. Nos oceanos, as baleias orcas nascem, vivem suas vidas de predadoras e depois morrem. Nas selvas as caças e os predadores que têm o poder de abreviar este ciclo, também nascem, vivem e morrem.

Só que este ciclo vai para além do planeta Terra. Uma boa definição para o Universo que nos rodeia, é ser um lugar de nascimento, vida e morte. No Universo, este ciclo mexe com algo também fora da compreensão humana. A escala do tempo. No Universo ele pode durar milhões ou bilhões de anos.

Estranhamente é muito mais fácil prever o fim dos ciclos no Universo do que o nosso próprio. Teorias afirmam que a raça humana deixará de existir antes da chegada do quinto milênio. O fato. O planeta Terra será incinerado pelo Sol. Daqui cinco bilhões de anos, o que restar do Sistema Solar para além de Marte estará na escuridão.

O Universo está se expandido. Uma das razões desta descoberta é que todas as galáxias estão se afastando uma das outras. Como para toda regra pode haver uma exceção temos uma. Andrômeda está se aproximando da Via-Láctea.

Um pouco de ficção. Suponhamos que os humanos ainda estejam por aqui esperando quando o Sol abrindo as portas do inferno começar a engolir os planetas. Antes da morte esses humanos presenciarão um espetáculo e tanto. O choque das duas galáxias. Andrômeda rasgará a Via-Láctea em duas. E isto não é tudo. Depois de passar, como um elástico Andrômeda será puxada de volta, e nova colisão acontecerá. A periferia onde estamos poderá sobreviver ao rasgo. Não ao segundo choque.

Será o ciclo. Duas galáxias morrerão. Com elas milhões de estrelas. Milhões de sistemas solares. Quem sabe muitas civilizações no seu auge. Uma nova galáxia nascerá desta colisão. Milhões de novas estrelas. Milhões de novos sistemas solares. Quem sabe num deles na periferia da galáxia gire um planeta azul. O script do ciclo é escrito pelo Universo. Diria ser raro um script assim onde a evolução ri e chora.


Biografia:
Sou catarinense, natural da cidade de Rio Negrinho. Minhas colunas são publicadas as sextas-feiras, no Jornal do Povo. Uma atividade sem remuneração.Meus poemas eu publico em alguns sites. Meu e-mail para contato é: dirzz@uol.com.br.
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