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Educação Ambiental: Causa Urgente.
Dilcimar Ribeiro Fonsêca

O mundo moderno imerso no atual desenvolvimento industrial e tecnológico, bem como submetido ao poder do capitalismo, não iria caminhar por muito tempo ileso da destruição semeada pelas mãos insensatas do progresso e consumo demasiado. O ser humano ao se desenvolver provocou uma avalanche de problemas ecológicos e ambientais, ferindo a natureza e consequentemente colocando em risco as formas de vida.
   Dentro deste contexto, a educação ambiental tornou-se um instrumento imprescindível para a reflexão sobre ação do homem em relação a natureza, de modo que ao refletir possa contemplar inovadoras visões, onde certos paradigmas venham a ser transformados e a humanidade deslumbre novos horizonte relacionando-se melhor com o planeta em que vive.
Importante é o desenvolvimento e crescimento econômico, no entanto muitos mais importante é valorizar a existência de todos os seres vivos, não apenas sobreviver, mas sobretudo viver com qualidade, ética e consciência, sabendo que o que se faz no presente irá refletir no futuro. Olhar a vida em sua plenitude é enxergar espaços onde não nos basta viver e sim dar a chance para a posteridade desfrutar das dádivas naturais do nosso diversificado e rico planeta.
   A Terra é rica em beleza e abundancia de vida, quão bela e múltipla é sua flora e fauna, bem como seus riachos, cachoeiras, rios, oceanos, planaltos, relevos e etc. Muito temos para deslumbrar e amar, entretanto em meio a correria e atividades cotidianas as quais somos submetidos não nos sobra tempo para apreciarmos e valorizarmos a essência da vida e sobretudo para percebermos que somos natureza e estamos interligados em cadeia, não devemos evoluir devastando e destruindo o planeta que nos dá abrigo, não somos donos da Terra, quando aqui chegamos já encontramos a vastidão das obras naturais e quando partirmos, elas ficarão. Precisamos mudar radicalmente o modo de nos enxergarmos como seres racionais, pois de que nos vale a racionalidade, se não agirmos em prol da defesa da vida? Dessa forma devemos agir eticamente, conscientes da nossa responsabilidade como seres pensantes.
   Neste sentido a educação ambiental emancipadora traduz no seu bojo, elementos para a transformação social, dessa maneira o fazer educativo aliados a atitudes humanas que possibilitem metamorfoses pessoais e sociais, locais e globais, assim como econômicas e culturais, causando na sua integra uma revolução que concretize uma transformação plena do ser humano e das suas condições de sobrevivências.
   Atualmente tem se falado muito sobre educação ambiental, aumentando significativamente o interesse das autoridades e da população pelo o assunto, todo esse movimento gerou um certo modismo, no entanto algo inquietante é o fato do homem recentemente ter tomado inúmeras atitudes em defesa da natureza motivado pela perspectiva de que a degradação leva a destruição de sua existência, o desencadeamento de atitudes humanas contra a natureza terminou por causar medo da morte, pois caso não se tomasse alguma atitude de proteção, a vida humana em razoável tempo iria ser destruída. Na realidade não teria essa preocupação repentina com o planeta, um certo viés egocêntrico? Será que foi apenas por amor a natureza e ao seu planeta que o homem tem procurado protege-lo? Ou seria apenas uma proteção a si mesmo, por medo de deixar de existir?
   O homem pelas atuais circunstâncias em que criou inúmeras problemáticas relacionadas a ações humanas contra a natureza, demonstra uma grande dificuldade de se relacionar com a vida na Terra, a degradação causada pelo homem demostra que ele coloca muitos outros valores acima da valorização da vida no seu planeta.
Neste sentido, temos que buscar meios para nos educarmos de uma forma diferenciada, construindo valores que venham de encontro a vontade de proteger a natureza por admira-la e ama-la. Um exemplo de mudança de paradigmas e cuidado com a vida no nosso planeta, é a necessidade de aprendermos a consumir sem demasia, colocando o valor da vida acima do prazer do consumo, certamente esta ideia encontra grandes barreiras e ao buscar espaço se deparam com enormes muralhas de interesse econômico que impedem sua evolução, essas barreiras estão alicerçadas nas bases do capitalismo e sua força prega o consumismo exorbitante que alimentam o poder de classes dominantes e seus rejeitos poluem cada vez mais o planeta. Hábitos de consumo consciente aliados a muitas outras atitudes de conscientização ecológica configuram-se em medidas urgentes e essenciais.
   Dentro dessa perspectiva, conscientizar é o melhor caminho, que de um modo geral configura-se formas de se educar, essa educação está em toda a parte, na família, nas entidades, nas instituições, na mídia etc. Todas essas estruturas podem valer-se de estratégias de conscientização ecológicas.
   Dessa maneira é oportuno ressaltar que na escola lócus da educação formal, existem inúmeras formas de promover tal tarefa, entre elas uma muito atraente aos educandos é a apresentação de vídeos que impactem e despertem para um senso crítico ecológico, outra alternativa são as aulas passeios para lugares que vão de encontro a natureza, esses são meios imprescindíveis de um contato de educandos com ambientes naturais onde se encontrem com fauna e flora e outros elementos da paisagem natural, tal prática, especialmente nas cidades grandes seria de grande relevância, haja vista que os moradores de grandes metrópoles crescem geralmente entre selvas de pedras e a rispidez dos tempos modernos podem funcionar como concretos para endurecer o coração dos seres humanos. Neste sentido muitos projetos estão sendo desenvolvidos nas escolas, respaldados pelas políticas públicas da educação, no entanto quanto mais se propagarem essas idéias, aumentará o poder de luta por essa tão nobre causa.
    A Educação Ambiental tem um propósito importante e muito mais amplo do que se possa citar nestas poucas linhas, seu maior desafio é o de construir uma nova consciência sobre o equilíbrio ecológico, esta visão estar pautada na ética a fim de refletir valores universais que visam o bem comum, para tanto faz-se necessário atitudes conscientes, que possam facilitar a implantação do desenvolvimento sustentável, sobretudo contribuir para a construção de novas realidades. Dessa forma a educação ambiental é abrangente e precisa ser entendida por um viés político para busca do bem comum e defesa da vida.
    Sendo assim, cabe observar que cada ser social é ser político e deve buscar caminhos para um aperfeiçoamento humanístico e construção de um futuro melhor, a educação ambiental é uma grande oportunidade de debates e concretização de qualidade de vida, sobretudo por meio de práticas ecológicas emancipadoras que venham promover o exercício da cidadania e proteção da vida como um todo no nosso planeta.                     


















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