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UM "JUÍZO FINAL"
DIRCEU DETROZ

Assim como cada pessoa que vive no planeta sabe qual será o seu fim, a raça humana no contexto de Humanidade também sabe. Como seres individuais não sabemos de que forma nem quando o nosso fim chegará. O mesmo é possível dizer da raça humana. Não haverá possibilidades de fuga da extinção ou de algo ainda pior, da autoextinção.

Muitas variáveis e teorias são escritas no âmbito da ficção e da ciência. Nossa extinção poderá chegar dos confins do Universo não apenas na forma de uma bola de fogo. Pode ser um simples vírus ou bactéria. Talvez, seu destino nem fosse este planeta. Nós é que fomos buscá-los lá fora. Outra hipótese, é a nossa capacidade de criá-los aqui mesmo.

Seria perfeita uma extinção rápida e limpa. Só que estamos nos antecipando as variáveis dos cenários anteriores, e trabalhando para produzir uma extinção lenta e agonizante. Estamos matando nosso planeta devagar. O ponto que permitia quebrar o conta-gotas já foi ultrapassado. Chegando a bola de fogo, fará estrago num planeta desabitado e morto.

Ao tomar a decisão de escrever o script da própria extinção, num futuro não muito distante teremos que incluir uma nova variável à equação. A população mundial, que saltará de 7,6 bilhões em 2017 para 11,2 bilhões até 2100. Até quando um planeta já moribundo suportará?

Na ficção de “Inferno”, o personagem vilão de Dan Brown criou um vírus que mataria um terço da Humanidade. Stephen Hawking diz que só teremos algum futuro saindo a procura de outros planetas habitáveis. Sonhando, estou sempre viajando na Interprise de “Jornada nas Estrelas”. Acordado, sei que estamos imitando “Mad Max”.

Atualmente somos inundados por enxurradas de avanços genéticos. Num primeiro momento, todos eles parecem maravilhosos com a pretensão de melhorar e prolongar a vida dos seres humanos. Curar o máximo possível das suas doenças. Como será doentio e paradoxal viver saudável um planeta doente.

Por mais algum tempo continuaremos acreditando que estamos protegidos pelos muros da moral, da ética e das crenças. Podem acreditar. Assim como há muros, existe também um submundo. Neste submundo as expectativas dos avanços seguem um caminho totalmente oposto. Não duvidem que este lado esteja recebendo mais financiamentos para suas pesquisas. Essas serão as necessárias quando a hora chegar.

Impossível prever daqui quantas gerações acontecerá. Que acontecerá é certeza absoluta. Para que a Humanidade possa se agarrar aos poucos fiapos de esperança de prologar sua existência, os muros da moral, ética e crença precisarão ser postos no chão. Não haverá outra saída. Muitos serão forçados a morrer para que alguns sobrevivam. Não será como a seleção natural de Darwin. Parecerá um “juízo final”. Nada divino.


Biografia:
Sou catarinense, natural da cidade de Rio Negrinho. Minhas colunas são publicadas as sextas-feiras, no Jornal do Povo. Uma atividade sem remuneração.Meus poemas eu publico em alguns sites. Meu e-mail para contato é: dirzz@uol.com.br.
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