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OS GRITOS DOS INSENSATOS
DIRCEU DETROZ

Com os tucanos impossibilitados de construir seu ninho no galho do protagonismo das eleições presidenciais, em tom quase apelativo um de seus caciques resolveu escrever uma longa carta endereçada aos “eleitores brasileiros”. Em se tratando de eleitores brasileiros, diria longa demais.

Fernando Henrique Cardoso encerra sua carta com uma espécie de “fake news”. Ele escreve: “A Nação é o que importa neste momento decisivo”. Isto soa quase como uma blasfêmia. A blasfêmia é típica nos gritos dos insensatos, radicais ou não.

A carta de FHC é mais um SOS diante do iminente enterro político do PSDB atropelado pela esquerda e pela direita. Se o ninho tucano estivesse entre os mais bonitos escolhidos, certamente não haveria carta pedindo para que se detenha “a marcha da insensatez”, embora essa marcha inclua os tucanos.

Na medida em que outubro se avizinha, podemos fazer conjecturas sobre outras marchas de insensatez. Algumas são cuidadosamente camufladas, entretanto, não conseguem esconder que em momentos decisivos a batalha pelo poder sempre estará acima da Nação.

Podemos começar pela mídia. Muitos camaleões do reino animal sentiriam uma inveja danada da mídia. Quando os burburinhos da caserna não passavam de marolinhas, todos os ataques tinham como alvo os petistas e a corrupção. Agora que as marolinhas assustam como tsunamis a mídia expele seus sinais. Precisando escolher, fatalmente ficará ao lado dos corruptos que têm como guru um condenado preso.

A marcha da insensatez continua. A mídia noticiou que Fernando Haddad teria procurado lideranças tucanas. Qual foi o assunto tratado? Uma aliança para derrotar o candidato da direita num possível segundo turno. Caso essa aliança se confirme um bom nome para ela seria: “O cúmulo da insensatez”. Em seguida a constatação. Pelo poder tudo é aceitável.

Foram os gritos dos insensatos que acordaram o ódio camuflado de ideologia e dividiram a Nação. O ódio se assemelha a uma erva daninha. Uma vez enraizada, podemos arrancá-la várias vezes e quando nos damos conta ela está de volta. Foram dos gritos dos insensatos que criaram a marcha da insensatez.

Não são dos amantes do poder que precisamos neste momento. Nem de currais lotados por ignorantes destilando ideologias de ódio. Nossa urgência é por pacificadores.

Como pacificadores não brotam em jardins tomados por insensatos não se iludam com o cenário pintado. Nosso convívio com as ervas daninhas ainda está longe de ter um fim. Elas estão em franca proliferação. Marchando invisíveis para quem não quer ver.


Biografia:
Sou catarinense, natural da cidade de Rio Negrinho. Minhas colunas são publicadas as sextas-feiras, no Jornal do Povo. Uma atividade sem remuneração.Meus poemas eu publico em alguns sites. Meu e-mail para contato é: dirzz@uol.com.br.
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