Um dia me disseram que iria para o inferno
Responda-me se eu não estou certo,
Salvo estarei se defender um ladrão de terno?
À custa de quê você subtrai sua própria vida,
Louvando a falsos profetas
E sua verdadeira prece não é lida.
Por que me sinto tão culpado?
Tudo de errado que fiz foi ter amado
Mas uns acreditam que é escolha, outros dizem ser errado.
Parece-me que a liberdade restante é minha própria mente
Onde me refugio de camarada que só mente.
Um discurso breve e já ouço um grito,
É a nova voz que eles querem
Ouvi dizer que se parece com um Mito,
Mito que vivo, mito que leio.
Tentei sair do sistema
Mas olha só o que me veio.
Oh, sociedade, por que me matastes?
Me disse que aqui valeria a pena
Mas foi apenas uma cilada, porque agora também me controlastes.
Cada dia que acordo é uma Rainha diferente
Que se encontra caída
Lá na rua, pálida, graças à sua religião de amor intermitente.
Mas já sei que duas coisas são infinitas
O universo e a estupidez humana
O primeiro lhe impressiona, que gritas
O segundo calastes o oprimido, que clama...
“Oh, sociedade, por que com hipocrisia matastes sua própria humanidade?”.
Unagi, Matheus.
14/08/2018
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