Mãe,
Quando entrei em casa,
Estava
com um misto de tristeza e raiva
que não consegui disfarçar a minha mágoa!
Abri a porta do seu quarto
Imediatamente.
Num gostoso abraço,
Você me recebeu amorosamente.
Preocupada, pediu pra eu me sentar
e te contar
o que me fizeram passar,
E aí, eu nem segurei as palavras
pelo ódio que corroía toda a minha alma.
Xinguei! gritei!
Chorei! Desabafei
O que tinha me feito
Uma pessoa cruel com tanto defeito.
Você me ouviu pacientemente
E em seguida disse serenamente:
"Eu espero que você não exija que a outra pessoa seja perfeita.
Eu nem você devemos nos iludir pela certeza
De que erramos mesmo com bom coração.
Podemos julgar a atitude, mas a pessoa não."
"Eu nem você podemos impedir que o outro erre,
Mas posso te ensinar a perdoar para que o ódio se encerre
E a ver o outro como espirito aprendiz
Para você não se isolar numa redoma de vidro a cada atitude alheia infeliz.
A sua maior defesa é o perdão
E não a violência se realmente quer tranquilizar o seu coração."
Depois de uma boa reflexão,
Tranquilizei meu coração,
pois aprendi a perdoar,
o tempo de cada um aceitar,
e como as pessoas são procurei amar
Já que devemos nos respeitar,
unidos dialogar,
nossos defeitos rever
e assim, pouco a pouco aprender...
Comentário: Segunda versão do poema "Vergonha na Cara" que eu fiz.
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