Sou para a vida ou a vida é para mim?
Questionamento que fico sem repouso,
Porquanto o tempo para mim é pomposo
E eu para o tempo não sou eterno, sou fim.
Quem me dera ser os minutos do relógio!
Os ponteiros trabalhariam de modo inverso,
Só assim, com compostura, escreveria versos
Que teriam, um dia, a satisfação do necrológio.
Infelizmente o tempo avança... Tudo fica atrás
E, dentro da cronologia, de criança fui o rapaz
Que viveu e viveu até consumar-me um idoso...
As horas não enganam, o tempo é que é linear
E, como sou fim na vida, hei de me perpetuar
Através dos poemas, pois, estarei sempre novo!
DE Ivan de Oliveira Melo
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Biografia: Nascido em Recife, em 09/10/1953. Professor de língua portuguesa e literatura. Poeta desde adolescente. Livros publicados: SINFONIA DE AMOR; POESIA, AMOR E VIDA; REFLEXOS; SEARA DE RITMOS; SO...NETANDO.Temas mais comuns em seus versos: o amor, a natureza, o homem, o socia, o cosmos, o metafísico,
religiosidade... |