Estive pensando profundamente nos fundamentos da existência, uns nascem, enquanto, outros se extasiam, uns choram e outros riem. Assim a vida é trazida e varrida sem o menor constrangimento. Lamento a minha falta de entendimento. A natureza apresenta sua fria realeza, na realidade nua e crua de sua própria natureza. Sua beleza em sua fortaleza não anuncia o norte da morte, apenas cria, dissolvendo a sorte. Nessa minha ignorância; tento, apalpando o intento de descrevê-la em minha ânsia azia, azulada pelo beneplácito de generoso dia. Porém, somente faço ensacar o vento frio ao relento do meu arreliento e arredio pensamento. Ao levantar a taça para o lado do firmamento, noto e anoto que ensaco também fumaça dum cachimbo de algum ser qual acha graça ao gozar do padecer cinzento por mim afetado por alguma desgraça. O pleonasmo traz o azo da mais pura fantasia é um arraso de anunciar atraso. As controvérsias arrasam na mais pura e dura dicotomia. Nasci ouvindo falar dum farfalhar de inverno quente e de aguardente fria de trincar os dentes nessa havida vida de agonia. Realmente não dá para se tornar transparente, mormente quando o parente é o paciente que mente na inocência de herdeiro derradeiro de ser inconsciente ao se tornar inconsequente primeiro.
Mais ou menos assim é o mistério da existência, de transparente intransparência a nos obrigar a ficar contente.
Porém, percebo que somente o saber perdura a eternidade consciente. Como o sonhar permanente, tão contundente como se fora o próprio viver da gente.
Como pode uma filha matar o próprio pai, sem o menor arrependimento, quiçá, a mãe em aflito sofrimento ao emanar cheiro de chiqueiro repleto de bodes e ali mesmo fazer sexo com seu companheiro?
Genocídios de nações contra nações, sem noções, assim sempre foi a vida humana de desumanos líderes que cauterizam a mente anuviadas de tantos ao fazerem suas matanças em ociosas pregações religiosas.
Sou mais um velho encalhado, já encarquilhado de tanto estudar o comportamento de meus irmãos desajustados com o apoio da natureza ao lado e eu neles mesclado para pegar o meu atestado. Afinal, atestado de que se meu futuro em apuro não sei antever?
Sem hipocrisia vejo o leão estraçalhar uma bela gazela sem a menor preocupação em seu coração humano, ou ao riso de hiena a devorá-la ainda viva, sem o apoio da querida morte a amenizar o sangrar de sua sorte.
Nunca pude entender o padecer da vida, porém, pela minha franca ignorância ela avança a defrontar a morte com quem fez aliança.
Parece-me que ninguém entende vintém do que significa essa existência, e vão me tachar de negativista, porém, enxergo a verdade da minha vista. Não quero cometer a hipocrisia de mentir à minha mente com grande mentira que a mim me atira no ilusório frenesi dessa mentira.
A ignorância muito me ajuda nessa jornada, à cego andejo por essa estrada na esperança de um dia entender o motivo sério desse meu viver. Creia, meu companheiro, aprender sem querer, eureca é o melhor saber sem sentir o bater na peteca.
Contudo, acho que após o sobretudo encontrarei com a felicidade, que deve ser tão inocente como minha ignorância,
Amar, somente amar, é o caminho que limita um pouco essas agruras.
Crer no bem traz a paz que satisfaz essa vida de mentiras, de enganos e desenganos.
Tudo se acaba com a morte macabra, mas o aprendizado fica marcado no volátil ser da gente.
É do nada sempre presente que se deve presentear com tal presente.
Seja apenas feliz, e já será um eminente sábio ausente.
O saber às vezes é ficar quieto.
jbcampos
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