"... a existência, assim como é, sem sentido e alvo, mas inevitavelmente retornando, sem um final do nada: "o eterno retorno". Essa é a mais extrema forma no niilismo: o nada (o "sem sentido") eterno!"
Nietzsche - A Vontade da Potência
A linha tênue dos nossos sentimos, é cheia de perigos e precipícios, beira a loucura! Uma loucura que nos consome, nos desorienta como se fôssemos marionetes, nas mãos de um desordeiro opressor. Falta-me palavras, sobra-me sentimentos, confusos, proibidos, lindos! Esse kamicaze de emoções, chega a me roubar a paz, mas ao mesmo tempo, me faz bem. Afinal, o que são nossos sentimentos, além daquilo que achamos que sabemos, daquilo que achamos que entendemos, mas na verdade, nem sequer conhecemos? Pobres de nós, que pretensiosamente, acreditamos compreender o que está além do compreensível. Muito do que sentimos, nos foi ensinado, para não dizer imposto, por um regime que achamos que temos controle. Se nascêssemos livres, sem referências, nem percepções já prontas, poderíamos criar a partir do nada, o nosso tudo. Nada sabemos nesse nosso imenso mundo já predeterminado por gerações antigas e suas equivocadas sugestões. Que continuemos assim, inquietos e persistentes em chegar ao nosso profundo conhecimento de nós mesmos, sem barreiras, sem distorção.
Angelita Penalva
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