Sou cansaço de um destino que me vive
Amargura de um lamento em vão perdido
Sonho de um amor que nunca tive
Loucura de um caminho sem sentido.
Quero morrer na Praça dos Poetas
Ao largo desta gente que me não vê
Eu que fui um alvo de mil setas
Não quero mais do que a morte me dê.
Quero a igreja como altar do meu velório
Quero as arcadas como glória e adorno
E a praça como campa feita de marmóreo.
As pedras da calçada como amparo
E a fonte coroada como única presença,
Testemunha que foi, no carpir da minha mágoa.
P.S./ Na Praça do Geraldo em Évora.
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